O que é biometria? Os 6 tipos mais usados na tecnologia

O que é biometria: o método de segurança cada vez mais presente em nossas vidas, para o que ela serve e os tipos mais comuns

Ronaldo Gogoni
• Atualizado há 1 ano e 9 meses

A biometria é um dos caminhos mais seguros para a identificação de pessoas e proteção de dados. É usada de caixas automáticos em bancos a terminais de embarque em aeroportos. Até mesmo seu celular, tablet ou computador têm grandes chances de possuírem um método de identificação por digital ou reconhecimento facial.

fingerprint apple-digital-fingerprint-scanner / pexels

O que é Biometria?

A palavra Biometria (do latim, bio + metria) é a medição da vida, ou em termos mais gerais, o estudo estatístico de características físicas e comportamentais.

Em Segurança da Informação, a biometria consiste na aplicação de métricas a atributos biológicos, para fins de aferição e identificação de um indivíduo. A biometria serve para controlar o acesso físico de pessoas a certos setores e salas, identificar e localizar criminosos, e para impedir que pessoas não autorizadas acessem digitalmente dados sigilosos, protegidos por autores ou mantenedores.

Quais os tipos de biometria mais populares?

Existem diversos tipos de biometria, desde as que se baseiam na geometria das mãos à analise de assinatura, que verifica a autenticidade de um documento assinado pela pressão e maneirismos. Podemos listar os seis tipos mais populares, utilizados em uma série de soluções, mais ou menos seguros ou com estudos mais avançados do que outros, e que podem ser tornar padrão no futuro.

1. Impressão Digital

TheDigitalWay / impressão digital na tecla Enter de um teclado / Pixabay / biometria

O método de reconhecimento biométrico pela impressão digital é o mais antigo e de menor custo para implementação. É extremamente confiável, dada a baixíssima mutabilidade dos dados ao longo do tempo. Migrou suavemente dos meios analógicos para o digital.

Por digitais se manterem as mesmas por toda a vida, a única possibilidade de apresentar problemas é se a pessoa perder as suas digitais, independente do motivo. Por isso mesmo, o método continua a ser utilizado sozinho ou combinado com outros.

2. Reconhecimento Facial

FBI / reconhecimento facial / biometria

reconhecimento facial, presente até em celulares, consiste em mapear um rosto, seja em 3D (como o Face ID da Apple) ou em 2D (como a maioria dos smartphones). Cria-se uma imagem da pessoa que será utilizada para desbloqueio de funções e identificação.

Entre os argumentos contra a técnica, está o fato de que o método não é permanente, ao passo que o usuário envelhece, pode mudar o rosto com cirurgias ou tem um irmão gêmeo idêntico. A coleta de dados também não é precisa em análises 2D, e mesmo mapeamento em profundidade costuma dar falsos positivos.

Por fim, há o fator invasivo:
Empresas e governos podem coletar dados do rosto das pessoas contra a vontade delas fazendo fotos e vídeos em locais públicos e utilizando para os mais diversos fins.

3. Reconhecimento de Íris

TBIT / reconhecimento de íris / Pixabay / biometria

A biometria usando a íris (a parte colorida do olho humano, que controla a entrada de luz) é extremamente confiável, já que a membrana permanece a mesma ao longo de toda a vida. Diferente do método de leitura da retina, ele é bem menos invasivo e oferece um alto grau de confiabilidade, além de ser difícil de contornar.

Entretanto, a implementação do método é bastante cara, embora cogita-se que a leitura de íris será o método de biometria mais usado a médio prazo, superando a impressão digital.

Muitos celulares, em especial modelos premium, trazem um scanner de íris embutido na câmera, oferecendo tal opção de segurança para proteger os dados.

4. Reconhecimento de Voz

TheDigitalArtist / onda sonora / Pixabay / biometria

O método de reconhecimento por voz faz uma análise dos parâmetros físicos (cordas vocais, laringe e etc.) e comportamentais, como sotaques, maneirismos, entonação e etc. O resultado é um perfil sonoro único, que em tese pode ser usado como uma assinatura biométrica.

Com custo para a implementação baixo, a confiabilidade dos dados é pouca, já que qualquer ruído pode comprometer a coleta e análise da voz. Alterações causadas por problemas de saúde ou mesmo pelo envelhecimento também derrubam os índices de acertos.

5. Reconhecimento de Retina

Rdowns / foto da retina humana / Pixabay / biometria

É uma das biometrias mais seguras que existe, já que a disposição dos vasos sanguíneos que irrigam a retina varia de pessoa para pessoa, e não mudam. Os meios necessários para a coleta e leitura dos dados não são simples, o que dificulta a falsificação das informações.

O usuário deve olhar para um dispositivo e uma luz infravermelha de baixa intensidade fará a “leitura” da retina. Embora seguro, é bastante invasivo e incômodo.

6. Reconhecimento pela Digitação

picjumbo_com / mulher digitando no notebook (detalhe) / Pixabay / biometria

Pouco invasivo, baseia-se na análise do ritmo e cadência do usuário ao digitar. Cada pessoa possui um estilo próprio, seja a quantidade de dedos que utiliza, a velocidade com que digita, a força que aplica às teclas e etc.

Com baixo custo, sua captação dos dados não é tão simples e ele é pouco confiável, já que um usuário pode mudar o estilo de digitação, de forma inconsciente ou intencional.

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Ronaldo Gogoni

Ronaldo Gogoni

Ex-autor

Ronaldo Gogoni é formado em Análise de Desenvolvimento de Sistemas e Tecnologia da Informação pela Fatec (Faculdade de Tecnologia de São Paulo). No Tecnoblog, fez parte do TB Responde, explicando conceitos de hardware, facilitando o uso de aplicativos e ensinando truques em jogos eletrônicos. Atento ao mundo científico, escreve artigos focados em ciência e tecnologia para o Meio Bit desde 2013.