Review Dell Inspiron 15 Gaming: mais robusto ainda
Mais grosso e pesado, o notebook continua com seus devidos diferenciais
Mais grosso e pesado, o notebook continua com seus devidos diferenciais
Depois de trazer a marca Alienware de volta ao Brasil no ano passado, a Dell continua investindo em seus notebooks gamers menos caros. O portátil da vez é o Inspiron 15 Gaming, que foi atualizado em abril e vem com uma GTX 1050 (ou GTX 1050 Ti) e algumas novidades no design.
Começando em R$ 4.999, será que o Inspiron 15 Gaming continua valendo a pena frente a novos concorrentes, como o Samsung Odyssey? Te conto nos próximos parágrafos.
O belo visual do modelo do ano passado é mantido nessa versão. O Inspiron 15 Gaming continua com um acabamento preto fosco e detalhes em vermelho, que trazem um visual discreto e bonito. Quem tem fobia de marcas de dedo ainda precisará limpá-lo frequentemente, porém: a carcaça fosca do notebook suja fácil e as digitais ficam bem visíveis.
As pequenas mudanças no design fizeram o Inspiron 15 Gaming ganhar alguns gramas. A mesma tela de 15 polegadas que já o deixava grande, agora fica em um notebook menor em área, porém mais grosso e mais pesado — algo que é notável no dia a dia.
Até existem alguns notebooks gamers mais finos, como o Avell G1540 Lite, mas esse definitivamente não é o caso no Inspiron 15 Gaming. A fonte e o notebook são um grande trambolho para carregar, mais ainda do que a geração anterior.
O notebook ainda inclui três portas USB 3.0, uma entrada HDMI, para fones de ouvido, Ethernet e leitor de cartões SD.
A tela de 15,6 polegadas tem resolução de 1920×1080 pixels, com uma camada antirreflexiva que cumpre muito bem o seu papel: aliada ao brilho alto e ótima saturação, é fácil enxergar muito bem o display em qualquer ambiente.
Na geração anterior, eu havia reclamado que o clique do touchpad era duro; nesta versão senti que está levemente mais suave. O teclado continua com ótimo acabamento e agora tem retroiluminação vermelha, no lugar da branca; achei que combinou melhor com o conjunto do notebook.
O sistema reforçado de coolers também manda bem: não senti o Inspiron esquentar demais nem enquanto estava jogando, algo importante para quem pretende usá-lo fora da mesa.
No hardware externo, acho que o maior diferencial do Inspiron 15 Gaming continua sendo o alto-falante. Ele ainda ocupa um grande espaço horizontal no chassi, mas agora fica na frente do notebook, virado para você.
Senti que a qualidade está (ainda) melhor e o volume mais poderoso; com 20% eu já achava alto — e o som não estoura nada em 100%. Seja assistindo séries ou jogando, a experiência é bem imersiva, o que é um belo ponto positivo para um notebook da categoria.
O Inspiron Gaming tem configurações variadas no Brasil: a mais barata vem com Ubuntu (!) e uma GTX 1050 — não considero essa ao falar o preço inicial. Depois, todos os modelos têm GTX 1050 Ti e um i5-7300HQ ou i7-7700HQ, com 8 GB e 16 GB de memória RAM, HD de 1 TB de 5.400 RPM e SSD de 128 GB ou 256 GB como opcional — minhas preces foram ouvidas.
O modelo que avaliamos não veio com SSD, mas a boa notícia é que existe um cache de 8 GB em flash em todas as unidades com 1 TB de HD para melhorar o desempenho. Funcionou: não tive aquele problema chato de até os aplicativos do sistema demorarem para carregar. Jogos, por outro lado, ficavam um tempo considerável na loading screen.
Bom, ao que interessa: e o desempenho nos games? Não tenho nada a reclamar. Como expliquei no review do Samsung Odyssey, a GTX 1050 tem desempenho muito diferente em relação a GTX 1060 — e a GTX 1050 Ti, presente no Inspiron que testamos, é um meio-termo entre ambas. Veja os testes na prática em jogos de diferentes categorias:
Para finalizar, rodei benchmarks no 3DMark para ver a pontuação do Inspiron frente aos outros notebooks testados aqui. Ele pontuou 2.480 e recebeu uma média de 15,5 fps no primeiro teste, enquanto o Odyssey, da Samsung, recebeu 1.752 pontos e teve média de 10,5 fps. O Avell G1540 Lite (GTX 1060) continua acima dos dois, com 3.498 pontos e média de 22,8 fps.
Notebooks gamers não têm a melhor reputação com relação à bateria, mas o Inspiron aguentou bem. Cheguei a usá-lo por 6 horas fora da tomada, sem jogar, mas usando Spotify, Telegram, Slack e com várias abas no Chrome. Jogos devem reduzir bem essa autonomia, mas ainda é de quebrar um galho.
Definitivamente, o Inspiron continua robusto, em todos os sentidos. O desempenho está muito melhor, a bateria dura mais e ele ficou mais grosso e mais pesado, o que é bem perceptível no dia a dia. Este é o único ponto negativo do notebook, porém.
De resto, ele traz a GTX 1050 Ti pelo mesmo preço que outros concorrentes, como o Samsung Odyssey, trazem a GTX 1050, significativamente pior no desempenho em jogos. O cache em flash do Inspiron também ajuda a usar o modelo com HD sem muitos engasgos (mas eu ainda recomendaria um modelo com SSD).
No momento em que escrevo este review, o Inspiron 15 Gaming está em promoção no site da Dell, e uma versão com Intel Core i7, 16 GB de RAM, SSD de 128 GB com 1 TB de HD e GTX 1050 Ti sai por R$ 5.159, um ótimo preço para o conjunto. Fique de olho em outras promoções para encontrá-lo por um preço bom.
No final, a resposta é: sim, a Dell conseguiu fazer um sucessor ainda melhor para o Inspiron 15 Gaming da geração anterior. Ainda com novos concorrentes, ele continua se sustentando na categoria, com ainda mais diferenciais.