Trem-bala do Japão ganha versão “Supreme” mais eficiente e confortável

Bem a tempo das Olimpíadas de 2020

Felipe Ventura
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• Atualizado há 2 semanas

Você deve se lembrar do trem-bala que deveria ligar São Paulo e Rio de Janeiro até a Copa de 2014, indo de uma cidade a outra em apenas 80 minutos. A promessa, é claro, nunca foi cumprida.

Enquanto isso, o Japão — que já opera várias ferrovias de alta velocidade — terá mais um trem-bala, e ele ficará pronto a tempo das Olimpíadas de 2020.

A Central Japan Railway revelou este mês um protótipo do trem-bala N700S — chamado de “Supreme” — que atinge até 300 km/h.

Sua parte frontal foi reprojetada para melhorar o fluxo de ar e reduzir o ruído enquanto estiver atravessando túneis; e há também algumas novidades interessantes por dentro.

O trem consegue acomodar até 1.323 pessoas. Os assentos ganharam um novo tecido, e têm tomadas elétricas para cada passageiro, em vez de serem limitadas às janelas.

Luzes se acendem automaticamente no bagageiro a cada parada, para ajudar os passageiros a encontrarem seus pertences. Além disso, os assentos da primeira classe oferecem 15% a mais de espaço para as pernas.

Este trem-bala é cerca de 20% mais leve que os trens N700A da geração anterior, uma diferença de 11 toneladas; e seu consumo de energia é 7% menor. Ele também pode ser usado em diferentes configurações — com 16, 12 ou 8 vagões.

O N700S será lançado em 2020 na linha Tokaido Shinkansen, entre Tóquio e Shin-Osaka; e as viagens de teste devem começar neste mês.

Além disso, a Central Japan Railway está preparando um trem-bala de levitação magnética (maglev) que atinge velocidades de 600 km/h. Uma ferrovia entre Tóquio e Nagoya está atualmente em construção, e deve ser entregue em 2027.

Com informações: Asahi Shimbun, The Verge.

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Felipe Ventura

Felipe Ventura

Ex-editor

Felipe Ventura fez graduação em Economia pela FEA-USP, e trabalha com jornalismo desde 2009. No Tecnoblog, atuou entre 2017 e 2023 como editor de notícias, ajudando a cobrir os principais fatos de tecnologia. Sua paixão pela comunicação começou em um estágio na editora Axel Springer na Alemanha. Foi repórter e editor-assistente no Gizmodo Brasil.

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