O que é GaN? [nitreto de gálio]

O que é GaN ou nitreto de gálio? Este composto químico está por trás de diversas novidades relevantes no desenvolvimento tecnológico, de radares a lâmpadas de LED e baterias mais potentes. Aqui, você descobre o que é GaN e para o que ele serve.

O que é GaN?

O nitreto de gálio, de fórmula química GaN, é um material semicondutor, capaz de mudar de uma composição isolante (que não permite a passagem de energia) para uma condutora (capaz de transmitir energia) com grande facilidade.

Diferente de outros compostos similares, o GaN possui uma banda proibida (band gap, a quantidade de energia necessária para passar do estado isolante para o condutor) bem larga, além de uma estrutura que o torna bastante resistente.

O GaN possui uma série de características que o tornam ideal para diversas aplicações. Embora não seja muito popular, é conhecido da comunidade científica há bastante tempo e ao menos desde os anos 1990, é empregado na produção de lasers e lâmpadas de LED. No entanto, nos últimos anos, o material vem recebendo maior atenção.

Quais as aplicações do GaN?

O GaN pode ser usado de diversas formas. Por exemplo, ao contar com um menor comprimento de onda, oferece maior rendimento em lasers de feixe violeta ou azul, usados para ler e gravar dados. Com isso, a quantidade de informação que seria gravada em diversos DVDs pode ser comprimida hoje em um único disco Blu-ray.

Com o apoio de empresas como Sony, Dell e HP, o Blu-ray se tornou a mídia física padrão. Hoje, evoluiu para armazenar vídeos em 4K/Ultra HD e ainda mais dados.

Há também impactos positivos do GaN no meio ambiente: o uso do material em lâmpadas de LED em larga escala, em substituição às tradicionais incandescentes ou fluorescentes reduz a emissão de dióxido de carbono (CO₂, um dos principais gases causadores do Efeito Estufa) em até 90%, além de diminuir em muito o consumo de energia. Lâmpadas especiais, disponíveis hoje que exploram melhor o material podem durar até 20 anos.

O GaN também possui aplicações militares, permitindo o desenvolvimento de radares até cinco vezes mais potentes que os usados atualmente, mas ocupando apenas metade do espaço, podendo ser facilmente embarcados em veículos táticos, além de bases aéreas e navios.

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