Pesquisadores do MIT criam blocos robóticos que se “montam” sozinhos

Emerson Alecrim
Por
• Atualizado há 2 dias

Quem gosta de invenções que parecem ser mágicas de tão inusitadas vai se deliciar com esta novidade do MIT: pesquisadores do Laboratório de Ciência da Computação e Inteligência Artificial da instituição apresentaram recentemente os M-Blocks, cubos robóticos que podem se reorganizar sozinhos, assumindo formas tão diversas que lembram blocos de montar.

Não é que eles tenham vontade própria, é bom esclarecer desde já. Os blocos podem se agrupar de diferentes modos e até mesmo saltar, tudo de maneira autônoma, mas seguindo uma programação pré-definida. Para entender melhor, veja os M-Blocks em ação:

Deveras interessante, não? Para que os M-Blocks possam ganhar impulso, girar, saltar e até mesmo rolar, no interior de cada um deles há uma espécie de anel motorizado que pode alcançar até 20 mil rotações por minuto. Além disso, nas laterais e nas “esquinas” dos cubos há ímãs que, como você certamente percebeu, são responsáveis por mantê-los alinhados e “grudados”.

Dependendo da forma a ser assumida, determinadas pontas dos imãs devem se atrair, ao mesmo tempo em que outras precisam se repelir. Como estes parâmetros mudam dinamicamente, os ímãs das extremidades são cilíndricos e giram para que possam inverter as posições de seus polos.

M-Blocks
M-Blocks

Para que cada cubo “saiba” como e onde se posicionar, os pesquisadores enviam as instruções a partir de uma computador via sinal de rádio. Mas, numa versão mais sofisticada, o programa simplesmente dirá qual forma deve ser montada e os próprios M-Blocks se reorganizarão sozinhos para atender à solicitação.

Tudo muito legal, mas qual a necessidade disso? A gente pode pensar em um Tetris da “vida real” ou em um cubo de Rubik que se resolve sozinho, mas há possibilidades verdadeiramente nobres: os pesquisadores esperam que versões bem mais avançadas da tecnologia sirvam, por exemplo, para a montagem de um suporte em uma ponte danificada até que esta seja completamente reparada.

Dá para pensar também em estruturas variadas para uso na construção civil, móveis residenciais ou de escritório que mudam de forma conforme a necessidade do usuário, abrigos temporários em situações de emergência e assim por diante.

Interior M-Block
Esse anel aí é que faz o M-Block se movimentar

Para atender a tantas necessidades, os pesquisadores têm uma série de objetivos em mente, como desenvolver protótipos baseados em centenas de unidades, criar cubos menores, permitir que os blocos possam se identificar para realizar agrupamentos mais precisos, possibilitar que eles se juntem mesmo quando relativamente longe uns dos outros e escrever algoritmos para formatos mais complexos.

E tem mais! Futuramente, os blocos poderão ser organizados conforme suas funções: um pode ter câmera, outro pode estar ligado a um GPS, outros podem receber superfícies reforçadas para uso em terrenos acidentados e assim por diante.

Com informações: ExtremeTech, MIT

Receba mais notícias do Tecnoblog na sua caixa de entrada

* ao se inscrever você aceita a nossa política de privacidade
Newsletter
Emerson Alecrim

Emerson Alecrim

Repórter

Emerson Alecrim cobre tecnologia desde 2001 e entrou para o Tecnoblog em 2013, se especializando na cobertura de temas como hardware, sistemas operacionais e negócios. Formado em ciência da computação, seguiu carreira em comunicação, sempre mantendo a tecnologia como base. Em 2022, foi reconhecido no Prêmio ESET de Segurança em Informação. Em 2023, foi reconhecido no Prêmio Especialistas, em eletroeletrônicos. Participa do Tecnocast, já passou pelo TechTudo e mantém o site Infowester.

Canal Exclusivo

Relacionados