Patentes da Apple sugerem que seu aparelho aprenda como é utilizado para economizar bateria

Giovana Penatti
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• Atualizado há 2 semanas

Nesta quinta-feira, duas patentes foram publicadas nos EUA pela Apple, ambas referentes a possíveis planos da empresa para otimizar a bateria em seus dispositivos. As duas sugerem, de maneiras diferentes, que o consumo seja baseado no uso que o usuário costuma fazer com o gadget – seja um smartphone, player de música, tablet ou notebook (ou melhor, iPhone, iPod, iPad ou Macbook).

O primeiro documento fala de uma tecnologia que permite ao aparelho analisar como está sendo usado, quando tem sua bateria recarregada e por quanto tempo isso ocorre. Essas informações são obtidas a partir dos sensores – GPS, iluminação, movimentação, etc – e permitem que ele entenda, por exemplo, que o smartphone usa redes móveis pela manhã mas não à tarde, ou que é mais utilizado aos finais de semana. Ele também consegue descobrir quando há uma recarga sendo feita por necessidade (quando está sem bateria) e quando é apenas por conveniência (por exemplo, ao conectá-lo a um carregador chegando no escritório).

A partir delas, ele mesmo decide que recursos ativar e desativar ou a performance que será utilizada em que momento, fazendo com que, sempre que seja imprescindível o uso do dispositivo, haja bateria para isso.

Pânico, terror, gritaria
Pânico, terror, gritaria

A outra patente foca em aplicativos e outros recursos de background que consomem bateria discretamente, fazendo com que a carga seja distribuída de acordo com a necessidade de cada um. Ela também sugere se basear nesses recursos para compreender o comportamento do usuário e prever, dessa forma, o que fará no futuro no aparelho – e garantindo que haverá bateria para tanto.

A principal diferença entre os sistemas patenteados e os gerenciadores de bateria que já existem é que, nos das patentes da Apple, não há intervenção do usuário, seja para detalhar seu dia a dia, para escolher aplicativos que continuam rodando ou simplesmente para avisá-lo de um modo de economia que foi iniciado.

Como de costume quando o assunto são patentes, não há nenhuma confirmação de que a Apple pretende realmente utilizar a tecnologia descrita nesses documentos em seus próximos lançamentos, ou em qualquer momento no futuro: é comum que as empresas de tecnologia apenas protejam suas criações com patentes, sem necessariamente adotá-las.

Com informações: CNET, Cult Of Mac

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Giovana Penatti

Giovana Penatti

Ex-editora

Giovana Penatti é jornalista formada pela Unesp e foi editora no Tecnoblog entre 2013 e 2014. Escreveu sobre inovação, produtos, crowdfunding e cobriu eventos nacionais e internacionais. Em 2009, foi vencedora do prêmio Rumos do Jornalismo Cultural, do Itaú. É especialista em marketing de conteúdo e comunicação corporativa.

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