Raspberry Pi 2 tem processador mais veloz, dobro de memória RAM e roda Windows 10
PC de baixo custo é perfeito para ensinar código e robótica
O computador de baixo custo Raspberry Pi chega à segunda geração, quase quatro anos após seu lançamento, com interessantes avanços para os hackers e makers – aquela galera que usa o componente para montar robôs ou outros equipamentos. A fundação por trás do projeto anunciou hoje que a versão seguinte está pronta, é muito mais veloz, mas custa os mesmos 35 dólares de outrora. Ah, vai rodar Windows 10.
O Raspberry Pi 2 tem processador quad-core ARM Cortex A7 rodando a 900 MHz (o anterior tinha frequência de 700 MHz) e 1 GB de memória RAM (antes eram 512 MB). Os criadores do projeto garantem que o desempenho é seis vezes maior em termos de processamentos de dados, isso numa conta considerada “conservadora“ por eles próprios. A ideia é que os hackers de plantão consigam, com facilidade, fazer overclock na máquina.
Assim como no Raspberry Pi B+, modelo mais recente da geração passada, a versão dois inclui 4 portas USB. O armazenamento é por meio de MicroSD – nada de HD ou SSD. E é isso! Processador, memória RAM, slot MicroSD, tudo numa placa lógica diminuta e leve.
Mal apareceu a notícia do Pi 2 e a Microsoft veio a público informar que o PC de baixo custo vai rodar Windows 10 nativamente – e de graça! Segundo o Verge, até era possível instalar o Windows na geração anterior, mas só com muitos hacks ou por uma versão antiga do SO. A gente ainda não sabe qual versão do Windows 10 será disponibilizada para os donos de Pi 2. Está confirmado que a Microsoft vai abraçar a comunidade maker por meio do programa de desenvolvimento do Windows para IoT (Internet das Coisas). Novidades sobre o tema serão anunciadas nos próximos meses. Enquanto isso, distros Linux estão à disposição dos usuários.
O computador de baixo custo é importantíssimo para o setor de tecnologia não por ser mais uma opção aos desktops e notebooks, mas sim para a realização de experimentos e o aprendizado. O Raspberry Pi é perfeito para quem está começando agora no mundo do código, um conhecimento que tende a ganhar mais importância nos próximos anos. Ao custo de 35 dólares, uma escola pode comprar o equipamento e montar um laboratório de programação para os estudantes.
Da mesma forma, os makers podem usar o PC de baixo no processo de montagem de robôs, como plataforma para enviar os comandos aos braços, motores e demais partes que compõem uma peça dessas. A robótica educacional tem tudo para ser uma revolução silenciosa inclusive no Brasil.