Brasil tem iPhone 6 mais caro do mundo
Modelo de 16 GB custa quase o dobro do preço americano
Os especialistas ouvidos pelo jornal econômico Financial Times descobriram (surpresa!) que o Brasil tem o iPhone mais caro do mundo. O modelo mais recente custa por aqui quase o dobro do preço nos Estados Unidos. Na terra natal da Apple, cada unidade com 16 GB de armazenamento – que não dão para nada – sai a 650 dólares, desconsiderando os descontos em contratos das operadoras.
Em território brasileiro, você não conseguirá um iPhone 6 por menos de 1.254 dólares.
Abaixo está a diminuta tabela publicada pelo FT a partir de um levantamento feito pelo Deutsche Bank, um banco da Alemanha. Os Estados Unidos são o ponto de referência, com um iPhone 6 vendido a 100% do preço sugerido. Nenhuma nação pesquisada tem o smartphone a um preço menor do que o praticado lá.
A Rússia tem o segundo iPhone mais caro do mundo (932 dólares). Ainda assim, o iPhone brasileiro custa 34,5% mais. O desagradável ranking segue com China, Índia, Reino Unido, México, França, Alemanha, Japão e Canadá.
O Financial Times destacou que o fortalecimento do dólar frente a outras moedas reduziu a competitividade dos Estados Unidos em relação aos demais países. Mesmo com essa valorização, ainda é mais barato conseguir o desejadíssimo smartphone mais em conta por lá.
Aqui no Brasil a gente vê o efeito contrário. Fabricantes como Samsung e LG, que produzem aparelhos no país, penam para adequar as linhas de montagem ao dólar. “Mas eles não fazem aqui?!” Sim, só que os chamados insumos e componentes tecnológicos vêm de fora. Mesmo com a Lei do Bem e incentivos fiscais, o custo de produzir os smartphones é impactado diretamente pelo câmbio. Quanto mais alto o dólar, mais caro será o gadget que você tanto quer.
Não por acaso, a Samsung revelou o preço do Galaxy S6 Edge: 3.299 reais. Não me causou espanto algum. A própria LG fez anúncios com preços sugeridos para o Brasil. A cifra era seguida de uma ressalva: os valores poderiam mudar, dependendo da cotação do dólar. Não é um comportamento muito comum entre as fabricantes de itens tech.
Com informações: Financial Times.