Este contrato vazado é um bom sinal para os preços do Apple Music no Brasil
O Apple Music, serviço de streaming de música da Apple, será lançado no Brasil em 30 de junho. Os preços da assinatura, que começam em US$ 9,99 nos Estados Unidos, ainda não foram revelados nos outros países — e, por causa da alta do dólar, seria péssimo se os brasileiros tivessem que pagar o mesmo valor. Mas um contrato vazado é um bom sinal para os preços do Apple Music por aqui.
O Digital Music News obteve acesso a um contrato que define os royalties pagos aos artistas indies. Segundo a acordo, a Apple distribuirá aproximadamente 58% das receitas com assinaturas do Apple Music para os detentores de direitos autorais. Nos Estados Unidos, isso significa US$ 5,80 dos US$ 9,99 cobrados mensalmente para planos individuais ou US$ 8,70 dos US$ 14,99 no plano familiar.
Mas espere: na mesma tabela, há os valores mínimos para outras regiões, como Canadá, México e Caribe. No caso da América Latina, em vez de distribuir US$ 5,80 por assinatura individual feita na nossa região, a Apple pagará US$ 2,89 — praticamente a metade do valor. Para as assinaturas familiares, os royalties também serão a metade dos Estados Unidos: US$ 4,33.
Por quê? A aposta mais óbvia, pelo menos na minha mente, é que a Apple venderá o Apple Music por valores menores no Brasil e nos países vizinhos da América Latina. Como a maçã ainda não faz cobranças de aplicativos, músicas e filmes em reais, se a proporção for seguida, podemos esperar por algo próximo a US$ 4,99 ou US$ 5,99 (individual) e US$ 7,99 (familiar).
Esses preços colocariam o Apple Music em pé de igualdade com os serviços de streaming concorrentes. Além disso, vale lembrar que, antes da estreia oficial no Brasil, quando ainda não havia pagamento em reais e era exigido um cartão de crédito internacional, o Spotify cobrava US$ 5,99 por mês no Spotify Premium, contra US$ 9,99 nos Estados Unidos, portanto, a estratégia não seria nova.
Para finalizar, o MacRumors publicou imagens sugerindo que a Apple deverá cobrar em moedas locais na Índia e Rússia. Convertendo a rupia indiana e o rublo russo para o dólar americano, a assinatura cobrada nesses países sairia por algo entre US$ 2 e US$ 3, o que estaria em linha com os concorrentes disponíveis por lá.
Veremos se essas elucubrações estão certas nos próximos dias, quando o Apple Music chegar ao Brasil.