De acordo com um estudo realizado pelo Nielsen Norman Group — que não deve ser confundido com a empresa de análise de mercado Nielsen — com 24 leitores que apreciaram obras de Ernest Hemingway no PC, no Kindle 2, no iPad e no bom e velho livro impresso, este último ainda é o mais rápido para concluir a leitura.
O estudo concluiu que dos três meios digitais analisados, o iPad foi o que mais perto chegou dos livros impressos, sendo 6,2% mais lento que o papel. Leitores no Kindle foram 10,7% mais lentos do que no método mais tradicional. A leitura no PC foi a mais lenta, embora não tenha sido divulgado o quanto.
O nível de compreensão também foi analisado ao fim de cada leitura, para garantir que os participantes do estudo estavam realmente entendendo plenamente o que liam, e não só correndo pelas páginas. Foi concluído que o nível de compreensão era o mesmo independentemente da plataforma.
Também foi pesquisado o quanto os leitores gostaram de cada um dos meios de leitura. O iPad foi o mais apreciado pelos pesquisados. Em uma escala de 1 a 7, o tablet da Apple teve nota média 5,8. O Kindle 2 e o livro impresso vieram logo atrás, com notas 5,7 e 5,6, respectivamente. Ler no PC não foi considerada uma experiência muito agradável, tendo nota média de apenas 3,6 pontos. Os indivíduos participantes da pesquisa citaram que ler no PC parecia muito com estar no trabalho.
Alguns pontos da pesquisa, porém, acreditamos eu e nosso editor Thássius, podem ser questionados. Um deles é a familiaridade desses participantes com o iPad e o Kindle. Estariam eles já habituados a tais dispositivos quando começou a pesquisa?
Outro aspecto é a utilização de apenas 24 participantes na pesquisa. Segundo a matéria do Mashable (endossada pela CNN), 10 participantes é a média em pesquisas de usabilidade. Ainda assim isso ainda nos parece pouco para poder considerar os resultados representativos.
De qualquer maneira, está apresentada aos nossos leitores a pesquisa do Jakob Nielsen sobre a leitura de livros e e-books em diversas plataformas. Aceitar os dados ou discutí-los caberá ao senso crítico de cada um.