Abstinência de mídias pode ser tão ruim quanto abstinência de drogas

Passar 24 horas sem seu gadget favorito: uma tarefa para poucos.

Rafael Silva
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• Atualizado há 1 semana

Um estudo mundial batizado de The World Unplugged (ou “O mundo desplugado” em tradução livre), ‘descobriu’ que deixar estudantes sem acesso às mídias ou sem contato com seus amigos, deixam eles se sentindo sozinhos. A pesquisa foi realizada pelo Capitão Óbvio pela Universidade de Maryland, nos EUA, em parceria com outras universidades ao redor do globo.


Cerca de mil estudantes com idades entre 17 e 25 anos em universidades de dez países em cinco continentes participaram do estudo. Seu objetivo era descobrir como eles reagiriam depois de passar 24 horas sem qualquer meio de comunicação ou mídia, como gadgets do tipo de mp3 players, celulares e computadores, bem como se manter afastado da TV. E os resultados foram, ao menos para mim, algo não-novo.

Quando questionados, uma grande maioria dos estudantes disse que “se sentiu sozinho” e alguns até disseram que “entraram em pânico”, sintomas parecidos com aqueles de alguém que está passando por uma síndrome de abstinência de drogas, por exemplo. Um estudante americano disse que “se sentiu como estivesse sendo torturado” e um britânico chegou a comparar a desconexão do seu cabo de rede com o desligamento de aparelhos de suporte à vida na UTI de um hospital.

Enquanto uma boa parcela encontrou dificuldades em se desconectar por um dia, uma parte dos estudantes conseguiu viver sua vida normalmente. Um deles, do México, disse que “eu interagi mais com meus pais do que o normal, ouviu mais o que eles tinham para me dizer sem ficar distraído com meu BlackBerry. Eu ajudei a cozinhar e até a lavar a louça”. Então o mundo não está inteiramente perdido.

Leia mais sobre como o estudo foi feito e alguns outros dados mais detalhados na sua página oficial.

Com informações: DigitalTrends.

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Rafael Silva

Rafael Silva

Ex-autor

Rafael Silva estudou Tecnologia de Redes de Computadores e mora em São Paulo. Como redator, produziu textos sobre smartphones, games, notícias e tecnologia, além de participar dos primeiros podcasts do Tecnoblog. Foi redator no B9 e atualmente é analista de redes sociais no Greenpeace, onde desenvolve estratégias de engajamento, produz roteiros e apresenta o podcast “As Árvores Somos Nozes”.

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