Microsoft vai tentar vender Kinect para empresas

Rafael Silva
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• Atualizado há 1 semana

Há um ano a Microsoft apresentava no mercado uma possível revolução no campo de videogames com o Kinect. Seus sensores precisos e as variadas possibilidades de gestos capturaram a atenção de jogadores que não temem exercícios físicos, enquanto que os mais preguiçosos não apreciaram o fato de precisar mover mais de um músculo para interagir com seu Xbox 360. Agora a Microsoft planeja investir ainda mais na difusão do Kinect em uma área bastante diferente: as empresas.

Antes que você pense que ele será usado exclusivamente para a ginástica laboral que tantos funcionários detestam, saiba que não é só isso em que ele pode ser aplicado. Apesar deste ser um dos potenciais usos do dispositivo em companhias, a Microsoft já está trabalhando com 200 empresas de 25 áreas diferentes, segundo o Financial Times, para mostrar que o Kinect tem potencial em aplicações além de games.

Essa demonstração vai servir de incentivo para empresas comprarem uma SDK do Kinect especificamente para companhias e que estará disponível no começo de 2012. Alex Kipman, líder de desenvolvimento do Kinect, afirma que já existem até exemplos de usos práticos do sensor: em hospitais, cirurgiões podem navegar no histórico de saúde de um paciente durante uma operação e a fabricante Toyota está testando uma aplicação que permite navegar em um showroom virtual de carros.

Com a quantidade de hacks diferentes para o Kinect que já surgiram graças às imaginações de diversos modders, pesquisadores e até cientistas ao redor do mundo, não me espanta que a Microsoft finalmente tenha visto um potencial do sensor nas empresas. E com a queda no volume de vendas do sensor, o fato da gigante de Redmond estar procurando por alternativas igualmente lucrativas para ele me espanta menos ainda.

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Rafael Silva

Rafael Silva

Ex-autor

Rafael Silva estudou Tecnologia de Redes de Computadores e mora em São Paulo. Como redator, produziu textos sobre smartphones, games, notícias e tecnologia, além de participar dos primeiros podcasts do Tecnoblog. Foi redator no B9 e atualmente é analista de redes sociais no Greenpeace, onde desenvolve estratégias de engajamento, produz roteiros e apresenta o podcast “As Árvores Somos Nozes”.

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