Cérebro

Processadores ARM estão dentro de smartphones e de uma infinidade de outros dispositivos. Mas já pensou em um chip com tecnologia da marca indo parar dentro da cabeça de uma pessoa, literalmente? Pois saiba que a ARM fechou um acordo com o Centro de Engenharia Neural Sensório-Motor da Universidade de Washington (CSNE, na sigla em inglês) para desenvolver implantes cerebrais.

Soa como aquelas ideias que a gente encontra na ficção científica. Se seguirmos por esse lado, dá para pensar em uma invenção como essa aumentando a capacidade de raciocínio da pessoa ou dando alguma habilidade inumana a ela.

Mas não é nada disso. O objetivo é mais nobre, pelo menos inicialmente. O implante poderia ser usado para que uma pessoa com paraplegia ou tetraplegia consiga controlar um exoesqueleto robótico com o pensamento, por exemplo. De igual forma, um indivíduo que teve um membro amputado poderia dar comandos mentais para fazer uma prótese se mover.

A ideia é complexa, mas a explicação é simples: o chip funcionaria como uma espécie de intérprete de duas vias, sendo capaz de analisar discretíssimos sinais cerebrais para transformá-los em comandos digitais que podem ser interpretados por próteses.

Ao mesmo tempo, o chip permitiria o inverso. Assim, uma prótese que tem uma pele artificial poderia avisar a pessoa que ela está sendo tocada, por exemplo. Além disso, implantes poderiam ajudar pesquisadores a colher informações valiosas sobre o progresso de problemas como doença de Alzheimer e mal de Parkinson.

pele artificial

É algo para o futuro, certamente, mas um futuro não muito distante: já há pesquisas em andamento sobre o uso de implantes cerebrais e até de peles artificiais. Não estamos falando de nada inédito conceitualmente, só falta mesmo a parte viável, digamos assim. É aqui que a parceria da ARM com o CSNE pode fazer diferença.

Há poucos detalhes sobre a iniciativa, mas sabe-se que a ARM já tem alguns protótipos do implante baseados no Cortex-M0, chip de 32 bits e baixíssimo consumo que é considerado o menor processador da marca atualmente.

Com informações: BBC

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Emerson Alecrim

Emerson Alecrim

Repórter

Emerson Alecrim cobre tecnologia desde 2001 e entrou para o Tecnoblog em 2013, se especializando na cobertura de temas como hardware, sistemas operacionais e negócios. Formado em ciência da computação, seguiu carreira em comunicação, sempre mantendo a tecnologia como base. Em 2022, foi reconhecido no Prêmio ESET de Segurança em Informação. Em 2023, foi reconhecido no Prêmio Especialistas, em eletroeletrônicos. Participa do Tecnocast, já passou pelo TechTudo e mantém o site Infowester.

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