Asus é barrada de usar marcas Zenfone e ZenBook na Índia
Asus foi processada por empresa na Índia que detém marca registrada "Zen" para dispositivos móveis
Asus foi processada por empresa na Índia que detém marca registrada "Zen" para dispositivos móveis
A Asus foi processada por uma empresa na Índia que detém a marca registrada “Zen” para dispositivos móveis: uma liminar da Justiça proíbe a fabricante de usar as marcas “Zen” e “Zenfone” no país, impactando sua linha de celulares Android e de notebooks ZenBook. O caso lembra a disputa entre Apple e IGB Eletrônica (ex-Gradiente) pela marca iPhone no Brasil.
O Supremo Tribunal de Déli emitiu uma liminar que impede a Asus de vender qualquer produto com as marcas “Zen”, “Zenfone” e “Zen Mobile”; isso inclui “celulares e/ou acessórios de celular e/ou quaisquer outros bens”. O processo também prevê uma indenização de 10 milhões de rúpias indianas (cerca de R$ 550 mil). A decisão foi publicada no site especializado Bar & Bench.
A marca Zen foi registrada em 2008 pela Telecare Network India para uso em dispositivos móveis. Ela diz que vem adotando os termos Zen e Zen Mobile de forma contínua em celulares simples, smartphones, tablets e acessórios.
Por sua vez, a Asus entrou no mercado indiano em 2014 com sua linha de celulares Zenfone; depois vieram os laptops com a marca ZenBook.
“A ré [Asus] adotou uma marca enganosamente semelhante, na qual a parte dominante em ‘Zenfone’ é a marca ‘Zen’ da autora da ação [Telecare] para o mesmo produto, isto é, celulares”, escreve o juiz na decisão. “Isso mostra prima facie que existe risco de confusão e danos à reputação da autora da ação.”
Em sua defesa, a Asus disse que não há possibilidade de confusão ou engano para os consumidores, porque a marca Zenfone vem sempre atrelada ao nome da empresa. Além disso, ela argumentou que Jonney Shih — ex-CEO e atual presidente do conselho administrativo da Asus — segue a filosofia zen, por isso o termo aparece nos produtos.
A liminar da Justiça proíbe a Asus de usar a marca Zenfone na Índia após 23 de julho. No entanto, a empresa fará uma audiência em 10 de julho para tentar reverter a decisão.
Esse caso é semelhante à disputa da IGB Eletrônica (ex-Gradiente) pela marca iPhone no Brasil. A marca “G Gradiente iphone” foi solicitada em 2000 e aprovada em 2008, quando o celular da Apple já estava no mercado.
O caso se arrastou por muito tempo. No ano passado, o STJ (Superior Tribunal de Justiça) acabou decidindo que a Apple não precisa pagar licenciamento para usar a marca “iPhone” no país.
A IGB detém a marca, mas não a exclusividade sobre ela, porque o termo “iPhone” se tornou muito sugestivo e muito associado à Apple. Para o STJ, a marca tem como objetivo “proteger os adquirentes de produtos ou serviços, conferindo-lhes subsídios para aferir sua origem e qualidade”.
Com informações: XDA Developers, Gadgets 360.