Adobe encerrará contas na Venezuela devido a sanções dos EUA

Os usuários na Venezuela têm até 28 de outubro para usar os serviços da Adobe de forma legal

Victor Hugo Silva
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• Atualizado há 2 anos

A Adobe começou a informar aos usuários na Venezuela que eles terão suas contas encerradas a partir de 28 de outubro. Em e-mail enviado nesta terça-feira (8), a empresa diz que deixará de oferecer serviços no país para cumprir uma sanção do governo dos Estados Unidos.

Scott Belsky, chefe de produto da Adobe, em evento realizado em 2018 (Foto: Divulgação)

Scott Belsky, chefe de produto da Adobe, em evento realizado em 2018 (Foto: Divulgação)

O e-mail indica que, por conta da ordem executiva que proíbe empresas americanas de terem negócios na Venezuela, a Adobe não tem permissão para fornecer acesso a software e serviços ou permitir que usuários na Venezuela façam novas compras.

“Para acomodar o impacto dessa alteração, estamos fornecendo um aviso prévio e um período de carência que dura até 28 de outubro de 2019, para que você baixe qualquer conteúdo armazenado em sua conta Adobe”, afirma a empresa.

Após essa data, os usuários na Venezuela não terão mais acesso legal a programas como Photoshop, Illustrator, InDesign e Acrobat. Eles também não conseguirão encontrar arquivos que armazenaram na nuvem da Adobe ou no Behance.

Ainda pior é o fato de que não haverá reembolso para os usuários afetados. Segundo a empresa, a sanção ordena a interrupção de todas as atividades, incluindo vendas, serviços, suporte, reembolsos, créditos, entre outros.

Em nota ao The Verge, a Adobe afirmou que, devido à sanção, está avaliando acordos com indivíduos e organizações para garantir que seguirá em conformidade com as leis. A empresa informa que seguirá oferecendo o suporte permitido pela ordem executiva, mas que interromperá atividades proibidas.

“Lamentamos qualquer inconveniente que isso possa causar aos clientes, e continuamos monitorando e avaliando cuidadosamente a situação. Compartilharemos mais detalhes sobre como nossas operações e atividades do cliente podem ser afetadas à medida que esses detalhes estiverem disponíveis”.

Victor Hugo Silva

Victor Hugo Silva é formado em jornalismo, mas começou sua carreira em tecnologia como desenvolvedor front-end, fazendo programação de sites institucionais. Neste escopo, adquiriu conhecimento em HTML, CSS, PHP e MySQL. Como repórter, tem passagem pelo iG e pelo G1, o portal de notícias da Globo. No Tecnoblog, foi redator, escrevendo sobre eletrônicos, redes sociais e negócios, entre 2018 e 2021.

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