Apple venderá iPhone 12 com suporte ao futuro 5G do Brasil

iPhone 12 comercializado na Europa suporta frequências da Claro, Oi, TIM e Vivo e inclui bandas que serão leiloadas em 2021

Lucas Braga
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• Atualizado há 2 anos e 4 meses
Site da Apple sobre 5G no iPhone 12. Imagem: Reprodução/Site Apple
5G no iPhone 12 Pro. Imagem: Reprodução/Site Apple

A Apple anunciou nesta terça-feira (13) a linha iPhone 12, que pela primeira vez inclui suporte à tecnologia 5G. Ainda que a quinta geração esteja engatinhando no Brasil, o smartphone já funciona com as frequências atuais das operadoras brasileiras e também suporta o espectro que será leiloado pela Anatel em 2021.

O 5G está presente desde o iPhone 12 Mini até o iPhone 12 Pro Max. Os modelos que serão vendidos no Brasil (A2399, A2403, A2407 e A2411) suportam as bandas n1 (2100), n3 (1800), n5 (850), n7 (2600) e n28 (700), que estão licenciadas para as operadoras brasileiras e atualmente utilizadas com 2G, 3G, 4G e 5G DSS.

O iPhone 12 também traz compatibilidade para as frequências de 2,3 GHz e 3,5 GHz, que serão leiloadas pela Anatel em 2021. Ainda que a agência não tenha definido qual o espectro que será destinado, os smartphones da Apple suportam as bandas n40 (2300), n77 (3700) e n78 (3500).

Algumas empresas já operam com a quinta geração no Brasil. A Claro utiliza 5G DSS com a banda n7 (2600) em bairros de São Paulo e Rio de Janeiro, enquanto a Vivo adota a mesma tecnologia de compartilhamento de espectro em regiões de oito capitais brasileiras. Já a Oi possui 5G NR em Brasília na banda n1 (2100), sem compartilhamento dinâmico de espectro.

iPhone 12 não suporta 5G mmWave fora dos EUA

Um detalhe importante do lançamento da Apple é que o suporte ao 5G de ondas milimétricas (mmWave) está restrito aos aparelhos dos EUA (A2408, A2412, A2341 e A2342). As variantes têm suporte a todas as frequências de 5G Sub6 que serão adotadas no Brasil, mas a banda de 26 GHz não está presente em nenhum modelo.

As frequências de ondas milimétricas trazem altíssimas velocidades, mas ao custo de má penetração de sinal. A tecnologia é ideal para locais com alta concentração de pessoas, como estádios, aeroportos e shoppings, mas inadequada para cobertura de cidades inteiras.

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Lucas Braga

Lucas Braga

Repórter especializado em telecom

Lucas Braga é analista de sistemas que flerta seriamente com o jornalismo de tecnologia. Com mais de 10 anos de experiência na cobertura de telecomunicações, lida com assuntos que envolvem as principais operadoras do Brasil e entidades regulatórias. Seu gosto por viagens o tornou especialista em acumular milhas aéreas.

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