Pix: 3ª fase do open banking facilita pagamento em sites sem app do banco

A partir de hoje, open banking vai permitir ao consumidor o uso do Pix sem acessar o aplicativo do banco na hora de realizar pagamentos

Pedro Knoth
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• Atualizado há 2 anos e 4 meses
Pix (Imagem: Divulgação/Banco Central)

A terceira fase do open banking, sistema digital que visa descentralizar o mercado financeiro, começa a valer a partir desta sexta-feira (29). A partir de uma grande base de dados de clientes, a mudança implementada a partir de hoje no ecossistema desenvolvido pelo Banco Central (BC) facilita o uso do Pix para compras online sem que a pessoa precise acessar o aplicativo do banco.

A primeira fase do open banking foi inaugurada em fevereiro de 2021, e a segunda etapa foi lançada em agosto. Neste terceiro estágio do sistema que promete universalizar o sistema de dados bancários, o foco passa estar na troca de informações de instituições de pagamento e bancos, com o objetivo de tornar a compra por Pix uma “questão de segundos”, segundo o BC.

O que acontece com a 3ª fase do open banking

Com a terceira fase, quem realizar pagamentos pela internet poderá usar o Pix sem precisar abrir o app do banco. Quando o cliente escolher pagar usando a opção instantânea, ele deverá informar a chave — CPF, e-mail, número de celular ou uma sequência aleatória. Depois, a instituição de pagamento que está intermediando a compra informa o banco responsável pela conta do comprador para autorizar o débito.

Porém, antes de concluir a compra, o banco envia uma mensagem com os detalhes da transação ao correntista, da mesma forma que é feita quando a pessoa recebe ou envia um Pix.

A compra é então finalizada somente após a autorização pelo cliente. Em uma compra online, tudo isso será feito dentro do site da loja com a terceira fase do open banking.

Essa mudança deve chegar para outras opções de pagamento. É o caso do TED: o BC prevê incorporá-lo ao open banking, junto a transações de contas do mesmo banco, no dia 15 de fevereiro de 2022. Até lá, o sistema deve estar na quarta etapa: o compartilhamento de informações de instituições financeiras sobre produtos como previdência, seguros e câmbio.

Open banking para empréstimo será em março de 2022

Tudo isso só é válido se o cliente adere ao compartilhamento. Ele pode muito bem não querer que seu banco envie e troque suas informações, mas isso deixa de fora todas as inovações do open banking, inclusive a que permite pagar pelo Pix dentro do marketplace.

Essa etapa do sistema criado para universalizar atividades bancárias foi prorrogada pelo BC a pedido de bancos e fintechs pois as empresas alegaram pouco tempo para atualizar seus sistemas. O mesmo ocorreu com a segunda fase.

O compartilhamento de informações do open banking para propostas de crédito deve valer apenas a partir de março de 2022, segundo o planejamento do Banco Central. Clientes poderão solicitar empréstimos e outras propostas de crédito em ambientes digitais, e o pedido poderá ser feito a várias instituições financeiras ao mesmo tempo.

Com informações: UOL e Agência Brasil

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Pedro Knoth

Pedro Knoth

Ex-autor

Pedro Knoth é jornalista e cursa pós-graduação em jornalismo investigativo pelo IDP, de Brasília. Foi autor no Tecnoblog cobrindo assuntos relacionados à legislação, empresas de tecnologia, dados e finanças entre 2021 e 2022. É usuário ávido de iPhone e Mac, e também estuda Python.

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