Vazamento de chaves do Pix faz Procon-SP enviar ofício ao BC

Procon-SP quer que Banco Central explique relação com Acesso, que vazou chaves do Pix, e como clientes podem ser afetados pelo incidente

Giovanni Santa Rosa
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Pix em aplicativo de banco (imagem: Emerson Alecrim/Tecnoblog)

O vazamento de dados vinculados a 160 mil chaves Pix teve mais repercussões nesta terça-feira (25). O Procon-SP enviou um ofício ao Banco Central pedindo esclarecimentos sobre o episódio, como número de clientes do estado de São Paulo que foram afetados e como eles serão informados sobre o problema.

O incidente foi revelado pelo próprio Banco Central na última sexta-feira (21). O alvo da brecha de segurança foi o Acesso Bank, que tem cerca de 5 milhões de clientes. Segundo o BC, os dados expostos com as chaves Pix não são considerados sensíveis, sendo apenas de natureza cadastral.

O vazamento ocorreu entre 3 e 5 de dezembro. Entre os dados expostos, estão nome, CPF, banco, número da agência e da conta. Segundo o BC, não há como acessar as contas bancárias com essas informações.

No ofício encaminhado, o Procon-SP pede que o BC esclareça sua relação jurídica com a Acesso, quantos usuários do estado de São Paulo foram afetados, como será feita a notificação aos consumidores.

Além disso, a entidade quer saber se há risco de que os dados vazados tragam prejuízo aos clientes, se já há registros desse tipo e como proceder nesses casos.

O órgão de defesa do consumidor também pergunta qual o plano de ação do Banco Central para evitar a utilização indevida dessas informações.

Na sexta-feira mesmo, o Banco Central informou que os clientes afetados serão avisados exclusivamente pelo aplicativo ou site de sua instituição de relacionamento. Não haverá outro modo de contato — WhatsApp, Telegram, ligações, SMS ou e-mail.

Vazamento de chaves Pix é o segundo do tipo

O incidente de segurança do Acesso não é o primeiro. Em setembro, o Banco Central revelou que 395 mil chaves Pix sob responsabilidade do Banco do Estado de Sergipe (Banese) haviam sido expostas.

Assim como no caso mais recente, nenhum dado sensível foi exposto, como senhas, saldos ou movimentações. As informações eram de natureza cadastral e não permitiam o acesso a contas ou a transações.

Com informações: Procon-SP.

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Giovanni Santa Rosa

Giovanni Santa Rosa

Repórter

Giovanni Santa Rosa é formado em jornalismo pela ECA-USP e cobre ciência e tecnologia desde 2012. Foi editor-assistente do Gizmodo Brasil e escreveu para o UOL Tilt e para o Jornal da USP. Cobriu o Snapdragon Tech Summit, em Maui (EUA), o Fórum Internacional de Software Livre, em Porto Alegre (RS), e a Campus Party, em São Paulo (SP). Atualmente, é autor no Tecnoblog.

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