Um bug na American Airlines deixou todos os pilotos marcarem férias no Natal

Paulo Higa
• Atualizado há 2 meses

A semana entre o Natal e o Ano Novo é uma das mais movimentadas na aviação comercial. Ao mesmo tempo, os funcionários das companhias aéreas também precisam tirar folga. Só que uma falha no sistema da American Airlines liberou essa possibilidade para todos os pilotos. Agora, a empresa está com uma equipe insuficiente para dar conta dos voos.

Segundo a Reuters, mais de 15 mil voos entre 17 e 31 de dezembro estão sem pilotos atribuídos. O erro foi comunicado aos funcionários pela companhia aérea na sexta-feira passada (24), mas veio a público somente nesta semana. A American Airlines ainda não conseguiu solucionar a crise, mesmo oferecendo um bônus para quem se dispusesse a trabalhar no período natalino.

A falha estava no sistema que controla o cronograma dos pilotos da American Airlines. Em tese, os funcionários mais experientes e com cargos mais altos têm prioridade para escolher quando vão folgar, mas há um limite mínimo de força de trabalho para que a operação da empresa não seja prejudicada (pelo visto, esse limite não foi imposto pela máquina).

Para chamar de volta os pilotos que resolveram tirar férias no Natal, a American Airlines está oferecendo 150% do valor da hora de voo. Mas o incentivo esbarra na Allied Pilots Association (APA), grupo que representa os pilotos de companhias aéreas: eles afirmam que houve uma violação de contrato e um acordo unilateral por parte da empresa para tentar resolver o problema.

Em nota, a American Airlines diz que “trabalha assiduamente para resolver o problema e espera evitar cancelamentos nessa temporada de férias”.

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Paulo Higa

Ex-editor executivo

Paulo Higa é jornalista com MBA em Gestão pela FGV e uma década de experiência na cobertura de tecnologia. No Tecnoblog, atuou como editor-executivo e head de operações entre 2012 e 2023. Viajou para mais de 10 países para acompanhar eventos da indústria e já publicou 400 reviews de celulares, TVs e computadores. Foi coapresentador do Tecnocast e usa a desculpa de ser maratonista para testar wearables que ainda nem chegaram ao Brasil.