Apple pode encerrar parceria com Goldman Sachs, banco emissor do Apple Card
Goldman Sachs estaria buscando alternativas para sair do mercado de varejo. Synchrony e American Express podem assumir lugar da empresa.
A Apple propôs ao banco Goldman Sachs o fim da parceria entre as duas empresas. O acordo é responsável por viabilizar o Apple Card e a conta “poupança” ligada a ele. O encerramento aconteceria em um prazo de 12 a 15 meses.
As informações foram obtidas por uma reportagem do Wall Street Journal e confirmadas à CNBC por outra fonte. Oficialmente, a Apple disse que as empresas estão focadas nos consumidores, e o Goldman Sachs não quis comentar.
O Apple Card foi anunciado em 2019 e opera apenas nos EUA. Ele é integrado à carteira do iPhone, organiza gastos por categoria e mostra, no Apple Maps, onde foram os gastos — o que alguns cartões brasileiros já fazem há um bom tempo. Outro diferencial é o cashback de até 3%.
Em 2022, a Apple passou a oferecer também uma espécie de poupança, em que o usuário pode depositar seu dinheiro e ver o saldo render.
Quem vai ficar com o Apple Card?
Tanto o Apple Card quanto a poupança eram operados pelo Goldman Sachs. Até agora, não se sabe se a Apple já tem contatos com outra empresa para assumir a parceria.
Segundo o Wall Street Journal, o Goldman Sachs consultou a American Express sobre a possibilidade de assumir o programa. A Amex teria se mostrado preocupada com o prejuízo causado pelo cartão.
A publicação também aponta que a Synchrony Financial está considerando a possibilidade de assumir o Apple Card. Ela era uma das interessadas na parceria com a marca da maçã antes mesmo do lançamento e é a maior emissora de cartões de lojas nos EUA, tendo até a Amazon como parceira.
Goldman Sachs enfrenta problemas
Caso se concretize, o fim do acordo seria uma reviravolta. Em 2022, Goldman Sachs renovou o contrato com a Apple até 2029, e ele era visto como crucial para os planos do banco no mercado de varejo.
O Goldman Sachs teria começado a mudar de ideia no fim de 2022, após ter um prejuízo bilionário ao tentar expandir seus negócios para o consumidor final.
A tentativa foi marcada por problemas com órgãos reguladores, que investigaram como a empresa lidava com erros de cobrança e reembolso. No começo de 2023, o Goldman Sachs já considerava “alternativas estratégicas” para a divisão de varejo, sem revelar quais eram essas opções.
Com informações: Wall Street Journal, CNBC