Apple analisa arquivos do iCloud para combater abuso infantil
A empresa compara arquivos enviados ao iCloud com banco de dados com materiais de casos anteriores
A empresa compara arquivos enviados ao iCloud com banco de dados com materiais de casos anteriores
A Apple foi acusada em mais de uma situação de não colaborar com investigações que envolvem dados que os usuários armazenam no iPhone. A empresa, no entanto, identifica e analisa o que é enviado ao iCloud para combater crimes como abuso infantil.
É o que aponta a Forbes, que teve acesso ao depoimento de um funcionário da Apple que indica como os arquivos ilegais no iCloud são detectados. De acordo com o profissional, a identificação é feita a partir de um material extenso.
Os sistemas da Apple conseguem comparar os arquivos enviados pelos usuários com os de uma lista de fotos e vídeos de antigos casos de abuso infantil. Quando algo suspeito é identificado, o material é sinalizado e fica em uma espécie de quarentena.
Caso o arquivo faça parte de um e-mail, a Apple interrompe a entrega da mensagem. Em seguida, um funcionário da empresa analisa o material e aciona os órgãos como o Centro Nacional para Crianças Desaparecidas e Exploradas (NCMEC, na sigla em inglês), que acionam as autoridades. O NCMEC, aliás, é que mantém o banco de dados com materiais de casos antigos para combater a pornografia infantil. Além da Apple, a lista é utilizada por serviços como Tumblr e Telegram.
No caso relatado pelo funcionário, a Apple também revelou os dados do usuário que pretendia enviar os arquivos por e-mail. A empresa compartilhou com autoridades informações como o nome, o endereço e o número de celular em que os arquivos foram disparados.
As críticas pela suposta falta de contribuição da Apple voltaram à tona no início do ano pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A empresa afirmou, na ocasião, que não tinha acesso aos dados salvos no iPhone, mas destacou que o compartilhamento de backups que estavam armazenados no iCloud.
Leia | O que muda no iCloud+?