Bionicook, fast food brasileiro operado por robô, inicia expansão pelo país

Rede de fast food brasileira, Bionicook possui lojas autônomas que preparam a comida com o auxílio de robô e sem a intervenção humana

Bruno Gall De Blasi
Bionicook inaugura modelo de franquias para expandir a sua presença no Brasil (Imagem: Divulgação)

Bionicook possui uma proposta para lá de futurista: ser o primeiro fast food operado por robô do mundo. Agora, a rede criada por um brasileiro está se preparando para se expandir pelo Brasil através do modelo de franquias. Além disso, os interessados também poderão abrir novas lojas autônomas completamente financiadas pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). 

A ação visa expandir a presença da rede no Brasil. Nesta semana, a companhia anunciou o seu novo modelo de franquias. De acordo com a companhia, as unidades estão prontas para “operação 24 horas”, têm “monitoramento remoto 24/7” e mix de produtos adaptáveis à cultura local de consumo. Além disso, as lojas podem ser deslocadas facilmente para outros pontos.

Outra vantagem fica pelo financiamento do Finame, o Fundo de Financiamento para Aquisição de Máquinas e Equipamentos Industriais. Ao dar entrada no modelo com o auxílio do fundo do BNDES, os interessados terão até dez anos para pagar o investimento e carência de até dois anos. A Bionicook ainda oferece garantia de devolução durante o período de carência em eventual desistência do franqueado.

“Estamos em um processo de captação muito forte e buscando opções para facilitar que novos investidores façam parte do nosso projeto, que é 100% nacional”, disse o CEO Fabio Rezler. “Com a parceria com o BNDES os nossos franqueados não precisam ter o dinheiro na mão e poderão ir pagando o financiamento com o lucro da operação.”

Loja é operada por meio de um robô sem depender da intervenção humana (Imagem: Divulgação/Bionicook)
Loja é operada por meio de um robô sem depender da intervenção humana (Imagem: Divulgação/Bionicook)

Mas como tudo isso funciona?

A ideia se concentra em um robô. Inicialmente, o cliente faz o seu pedido em um tablet, onde é possível escolher dezoito opções de lanches e quinze de bebidas para que tudo seja preparado sem intervenção humana. Entre as alternativas disponíveis, estão as coxinhas, iscas de frango e os pasteis de diversos sabores.

A preparação da comida vem em seguida. Inicialmente, os alimentos ficam armazenados em um congelador. Depois, o equipamento fica responsável por fritá-los e entregá-los aos consumidores quando estiverem prontos. Já os preços médios das combinações da unidade de Guarulhos no lançamento variavam entre R$ 18 e R$ 25.

“Todos os produtos estão congelados a -18º C e são preparados na hora ao consumidor em processo de fritura por imersão”, diz o site da Bionicook. “Utilizamos apenas óleo de Algodão 100% em temperatura controlada de 180º C.”

Rezler ainda tem uma visão otimista em relação aos empregos, já que os robôs têm o potencial de agilizar e fazer os trabalhos mais repetitivos:

“A célula robotizada no fast food tem um novo conceito e que, na outra ponta, vai gerar outras tarefas, que serão executadas por pessoas, como na fabricação e preparação dos lanches, bem como para a logística”, disse o CEO da rede. “Além disso, abrirá novas demandas de cargos administrativos e técnicos, para a manutenção das células e dos robôs, por exemplo.”

Bionicook oferece combinações de comida e bebida em suas lojas autônomas (Imagem: Reprodução/Tecnoblog)
Bionicook oferece combinações de comida e bebida em suas lojas autônomas (Imagem: Reprodução/Tecnoblog)

Bionicook: rede foi criada por brasileiro em 2017

A Bionicook partiu de uma ideia do empresário Fabio Rezler. O projeto teve início em 2017, quando o administrador e especialista em Gestão de Negócios migrou do setor automotivo para dar início ao empreendimento no ramo de alimentação. Na época, a companhia operava no modelo convencional de atendimento. Mas, logo em seguida, o empresário partiu em busca de uma novidade para a área.

A solução foi encontrada na robótica. À Pequenas Empresas & Grandes Negócios no começo do ano passado, Rezler afirmou que uma das suas primeiras parceiras foi a empresa alemã Kuka. Na ocasião, a rede de fast food utilizou o robô compacto Kuka R3 Ágilus. Atualmente, a companhia monta o equipamento em sua sede.

De lá para cá, a empresa trabalhou na implementação da tecnologia. Ao todo, foram quatro anos de testes e ajustes antes de levar uma unidade para o Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, e a estação de metrô Carrão, na capital paulista. Em 2019, uma loja também foi aberta na Universidade de Caxias do Sul. Mas o ponto comercial da instituição de ensino superior foi fechado em 2021 devido à pandemia de COVID-19.

Com informações: PEGN e Gazeta do Povo

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Bruno Gall De Blasi

Bruno Gall De Blasi

Ex-autor

Bruno Gall De Blasi é jornalista e cobre tecnologia desde 2016. Sua paixão pelo assunto começou ainda na infância, quando descobriu "acidentalmente" que "FORMAT C:" apagava tudo. Antes de seguir carreira em comunicação, fez Ensino Médio Técnico em Mecatrônica com o sonho de virar engenheiro. Escreveu para o TechTudo e iHelpBR. No Tecnoblog, atuou como autor entre 2020 e 2023.