Califórnia tenta combater deepfakes na política e em vídeos adultos

O estado da Califórnia aprovou duas leis com o objetivo de restringir o uso de deepfakes

Victor Hugo Silva
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• Atualizado há 2 anos e 9 meses
Deepfake - Mark Zuckerberg

À medida em que a criação de deepfakes se torna acessível, mais pessoas poderão ser prejudicadas por vídeos manipulados. Em resposta, algumas regiões começam a criar leis para diminuir esses riscos. É o caso da Califórnia, que aprovou dois projetos nesse sentido.

Um deles torna ilegal a publicação de deepfakes que depreciem candidatos nos 60 dias que antecedem uma eleição. O outro projeto aprovado dá abertura para cidadãos da Califórnia processarem quem usar suas imagens em vídeos pornográficos manipulados sem consentimento.

As novas leis surgem em reação a duas das áreas mais afetadas por deepfakes: a política e a pornografia. Recentemente, a atual presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, teve sua imagem usada em um vídeo que dava a entender que ela estava bêbada durante um discurso.

A tecnologia também levou ao surgimento de vídeos adultos manipulados por software com a imagem de mulheres famosas e anônimas. Até mesmo Mark Zuckerberg teve sua imagem utilizada para fazer uma declaração polêmica.

O vídeo fez o executivo “dizer” que era capaz de controlar dados roubados, os segredos e as vidas dos usuários. O material foi criado como um experimento e se tornou uma provocação ao Facebook, que se recusou a remover o deepfake de Nancy Pelosi.

O membro da Assembleia Legislativa da Califórnia, Marc Berman, que apresentou os dois projetos de lei aprovados, afirma que os eleitores têm o direito de saber quando fotos, vídeos e áudios que lhe são mostrados não são reais.

Para a União Americana pelas Liberdades Civis (ACLU, na sigla em inglês), a restrição sobre deepfakes políticos não resolverá nenhum problema. “Isso resultará apenas em confusão dos eleitores, litígios maliciosos e repressão à liberdade de expressão”, afirmou a associação.

Com informações: CNET, Engadget.

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Victor Hugo Silva

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Ex-autor

Victor Hugo Silva é formado em jornalismo, mas começou sua carreira em tecnologia como desenvolvedor front-end, fazendo programação de sites institucionais. Neste escopo, adquiriu conhecimento em HTML, CSS, PHP e MySQL. Como repórter, tem passagem pelo iG e pelo G1, o portal de notícias da Globo. No Tecnoblog, foi autor, escrevendo sobre eletrônicos, redes sociais e negócios, entre 2018 e 2021.

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