WhatsApp confirma que eleição de 2018 teve envio em massa de mensagens

Ao Tecnoblog, o WhatsApp afirmou que anunciou a exclusão de contas por essa prática ainda em 2018

Victor Hugo Silva
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• Atualizado há 2 anos e 10 meses
WhatsApp (Imagem: Pexels)

A eleição presidencial brasileira em 2018 contou com disparos em massa de mensagens. A informação havia sido revelada no ano passado pela Folha de S.Paulo e, agora, foi confirmada pelo próprio serviço de mensagens.

Segundo a Folha, o gerente de políticas públicas e eleições globais do WhatsApp, Ben Supple, disse que, na última eleição brasileira, “houve a atuação de empresas fornecedoras de envios maciços de mensagens, que violaram nossos termos de uso para atingir um grande número de pessoas.

A declaração foi feita durante o Festival Gabo, realizado em Medellín, na Colômbia. O executivo afirmou ainda que a empresa já esperava que seu aplicativo seria usado para disseminar informações falsas na eleição brasileira.

“Sempre soubemos que a eleição brasileira seria um desafio. Era uma eleição muito polarizada e as condições eram ideais para a disseminação de desinformação”, afirmou Supple, no evento, ainda de acordo com a Folha.

Ele informou que o uso do mensageiro por campanhas políticas em si é permitido desde que se respeite os termos de uso, que proíbem o disparo em massa. Supple também destacou que, este ano, a empresa enviou equipes para acompanhar as eleições de Índia, Indonésia e Parlamento Europeu.

Além disso, o executivo lembrou que a plataforma tem adotado medidas para impedir o envio em massa de mensagens. Ele reiterou a informação de que o WhatsApp tem banido cerca de 2 milhões de contas por mês ao redor do mundo.

Em 2018, reportagens indicaram que empresas foram contratadas no período eleitoral para fazer envios maciços de mensagens políticas em favor do hoje presidente Jair Bolsonaro (PSL) e do então candidato Fernando Haddad (PT).

Ao Tecnoblog, o WhatsApp afirmou ter anunciado ainda antes do segundo turno da eleição do ano passado que baniu centenas de milhares de contas por tentativa de envio em massa ou automatizado de conteúdo no período eleitoral.

“Nós também notificamos empresas que diziam oferecer serviços de envio em massa de mensagens, uma violação dos nossos termos de serviço. Estamos sempre trabalhando para aperfeiçoar nossos sistemas para prevenir abusos no WhatsApp”, disse a empresa, em nota.

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Victor Hugo Silva

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Ex-autor

Victor Hugo Silva é formado em jornalismo, mas começou sua carreira em tecnologia como desenvolvedor front-end, fazendo programação de sites institucionais. Neste escopo, adquiriu conhecimento em HTML, CSS, PHP e MySQL. Como repórter, tem passagem pelo iG e pelo G1, o portal de notícias da Globo. No Tecnoblog, foi autor, escrevendo sobre eletrônicos, redes sociais e negócios, entre 2018 e 2021.

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