TikTok: Biden sanciona lei que pode banir rede social nos EUA
Texto obriga ByteDance a vender braço americano do TikTok em, no máximo, um ano. Empresa promete brigar na Justiça para impedir a medida.
Texto obriga ByteDance a vender braço americano do TikTok em, no máximo, um ano. Empresa promete brigar na Justiça para impedir a medida.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, sancionou uma lei que, em um de seus dispositivos, obriga a ByteDance a vender a operação americana do TikTok em até um ano. O texto foi aprovado na terça-feira pelo Senado dos EUA.
Agora, a ByteDance terá nove meses para vender o braço americano da rede social. O presidente poderá esticar o prazo por mais três meses, caso haja progresso na direção de um acordo de venda. Se a empresa não fechar nenhum negócio, o aplicativo poderá ser impedido de operar nos EUA.
Antes mesmo da sanção, a ByteDance já havia anunciado que vai recorrer à Justiça dos EUA. A companhia acredita que a medida fere a Primeira Emenda à Constituição dos EUA, que garante a liberdade de expressão. Isso pode suspender a validade da lei, dando a empresa mais algum tempo para operar no país sem precisar se desfazer do TikTok.
O site Axios especula outra possibilidade: esperar as eleições de novembro, quando Biden e Donald Trump concorrerão ao cargo de presidente. Dependendo do resultado, a situação do app pode mudar. Em seu mandato, Trump tentou banir o TikTok, sem sucesso. Recentemente, ele acusou Biden de tentar beneficiar o Facebook com a medida.
A lei aprovado vai além e inclui tópicos de segurança e relações internacionais, como ajuda militar para Israel, Ucrânia e Taiwan e ajuda humanitária para Ucrânia, Gaza, Sudão e Haiti.
A obrigação de vender o TikTok faz parte das medidas para prevenir países adversários de espionar usuários americanos. Os EUA acusam o governo chinês de usar o aplicativo de vídeos curtos para monitorar indivíduos em países estrangeiros.
A lei veio do segundo projeto para tentar forçar a venda do TikTok nos EUA. O primeiro era mais restrito e dizia respeito apenas aos produtos de países adversários, o que incluía a rede, mas deixava de fora as questões envolvendo Ucrânia, Israel e outros países. Ele enfrentou resistência no Senado. O segundo texto, com os pacotes de ajuda externa, foi aprovado com 79 votos a favor e 18 contrários.
Com informações: The Verge 1, 2, CNN, Axios
Atualizado às 16h08, após a sanção presidencial
{{ excerpt | truncatewords: 55 }}
{% endif %}