Cão-robô Spot ganha recarga automática de bateria e controle via web

Novos recursos tornam Spot menos depende de operação próxima de humanos; em breve o cão-robô ganhará um braço robótico

Ana Marques
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• Atualizado há 2 anos e 10 meses
Cão-robô Spot (Imagem: Divulgação/Boston Dynamics)

Spot, o cão-robô da Boston Dynamics, acaba de ganhar alguns recursos que o tornam menos dependente de acompanhamento próximo de humanos. O principal destaque é a nova interface Scout, que permite controlar o robô de forma remota, e há ainda uma versão “Enterprise” do quadrúpede com recarga automática de bateria.

As novidades são especialmente animadoras para quem pretende utilizar o Spot para monitoramento de ambientes (é claro: se você tiver uma empresa que possa justificar a compra do robô de US$ 74,5 mil).

A interface Scout funciona com robôs antigos (Spot Explorer) e com as novas versões Enterprise (que além de carregamento automático, trazem melhorias na CPU e na conectividade sem fio). Enquanto a edição Explorer tem autonomia de até 1 hora e meia, os novos robôs podem “viver” em um ambiente com uma estação de carregamento por tempo indefinido.

O processo de recarga funciona com o auxílio de marcadores semelhantes a códigos QR. Ao identificá-las por meio das câmeras, o Spot sabe como se posicionar para entrar em contato com os conectores do suporte. A estação também conta com uma conexão de internet com fio, para upload mais rápido e confiável de dados.

Base de carregamento do Spot

Base de carregamento do Spot (Imagem: Divulgação/Boston Dynamics)

Espera-se que isso, em conjunto com a interface mais avançada e inteligente, permita que o Spot seja utilizado também como alternativa ao envio de humanos a missões em locais remotos ou potencialmente perigosos.

Para quem não está familiarizado, o Spot pesa 32,5 Kg e consegue transportar cargas de até 14 Kg em temperaturas de -20ºC a 45ºC (isto é, talvez ele não resista ao verão do Rio de Janeiro). O quadrúpede chega a velocidades de até 5,76 Km/h e é capaz de andar em terrenos acidentados, além de ser resistente a respingos de chuva.

Controlando um cão-robô

Com a interface Scout, o Spot poderá ser controlado remotamente com controles de jogos Bluetooth ou por teclado, com o esquema de teclas WASD. O sistema permite usar as setas para navegar entre as quatro câmeras, proporcionando uma visão de todos os lados, incluindo um modo de terreno para mostrar a área de cima para baixo do robô.

O software conta com um recurso “clique para ir” que permite tocar sobre um ponto para que o cão caminhe até ele. A máquina traz ainda diversos sensores que a impedem de despencar de situações “estúpidas”, como bater contra paredes, por exemplo. Para subir mais de um lance de escadas, ainda é preciso acionar um modo específico manualmente.

Scout

Interface Scout permite controlar Spot de forma remota (Imagem: Divulgação/Boston Dynamics)

O Spot também está ganhando um novo braço robótico que permite agarrar, levantar e carregar diversos objetos, mas ele ainda não está integrado à Scout, o que ainda é uma limitação para que o cão-robô interaja fisicamente com o ambiente.

No futuro, a máquina deve ser capaz de puxar alavancas e manipular válvulas enquanto o operador está há milhares de quilômetros de distância. Até o momento, segundo a Boston Dynamics, existem mais de 400 robôs Spot ao redor do mundo.

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E se você ainda não viu o episódio “Metalhead”, de Black Mirror, vale a pena assistir para saber do que estamos falando. 

Com informações: The Verge e TechCrunch

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Ana Marques

Ana Marques

Gerente de Conteúdo

Ana Marques é jornalista e cobre o universo de eletrônicos de consumo desde 2016. Já participou de eventos nacionais e internacionais da indústria de tecnologia a convite de empresas como Samsung, Motorola, LG e Xiaomi. Analisou celulares, tablets, fones de ouvido, notebooks e wearables, entre outros dispositivos. Ana entrou no Tecnoblog em 2020, como repórter, foi editora-assistente de Notícias e, em 2022, passou a integrar o time de estratégia do site, como Gerente de Conteúdo. Escreveu a coluna "Vida Digital" no site da revista Seleções (Reader's Digest). Trabalhou no TechTudo e no hub de conteúdo do Zoom/Buscapé.

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