Depois de muita especulação, a Apple anunciou seu serviço de streaming de música, o Apple Music. Com o mesmo preço dos concorrentes e presente nas principais plataformas, incluindo Android, ele chega para roubar uma fatia de mercado do Spotify, Play Música e similares. Mas atenção: nem todas as músicas da iTunes Store estarão disponíveis para streaming no Apple Music.

Se a Apple conseguisse levar todas as músicas da iTunes Store para o Apple Music, certamente teria o melhor acervo entre os serviços de streaming. Mas não será o caso. A exceção mais notável, os Beatles, não licenciam músicas para nenhum serviço de streaming, nem mesmo para outras lojas de música online — a única forma de comprar a discografia do quarteto em formato digital é pela iTunes Store.

Em outras palavras, o Apple Music está sujeito aos mesmos problemas que afetam outros serviços de streaming, e as vendas de músicas ainda deverão representar uma boa fatia da receita da Apple. Diz o The Verge: “O acervo do Apple Music é muito diferente da iTunes Store. […] A Apple descreve [o iTunes] como ‘o coração’ de tudo, porque sem o iTunes, esse catálogo ficaria terrivelmente parecido com o do Spotify.“

Assim como o Spotify e outros serviços de streaming, a Apple informou que os usuários terão acesso ilimitado a um catálogo de 30 milhões de músicas. Sempre há pequenas diferenças entre os serviços do gênero, e ainda não sabemos exatamente o que estará ou não no Apple Music, mas já temos certeza que a Apple conseguiu fechar contrato com Taylor Swift (você sabe a história).

Descobriremos mais sobre o catálogo do Apple Music quando o serviço for ao ar, no dia 30 de junho. Ele custará US$ 9,99 (individual; mesmo preço dos concorrentes) ou US$ 14,99 (plano família com até seis pessoas). Os preços no Brasil ainda não foram divulgados, mas há o risco do Apple Music ficar bem mais caro que as alternativas, já que até hoje a Apple faz cobranças em dólares na App Store e iTunes Store.

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Paulo Higa

Paulo Higa

Ex-editor executivo

Paulo Higa é jornalista com MBA em Gestão pela FGV e uma década de experiência na cobertura de tecnologia. No Tecnoblog, atuou como editor-executivo e head de operações entre 2012 e 2023. Viajou para mais de 10 países para acompanhar eventos da indústria e já publicou 400 reviews de celulares, TVs e computadores. Foi coapresentador do Tecnocast e usa a desculpa de ser maratonista para testar wearables que ainda nem chegaram ao Brasil.

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