Destiny 2: Bungie processa três grupos que criam e vendem hacks

Bungie acusa hackers de violarem direitos autorais de Destiny 2 e pede injunção, destruição dos softwares e indenização por danos

Murilo Tunholi
• Atualizado há 3 anos

A Bungie intensificou a luta contra hackers em Destiny 2 na semana passada. Na última quarta-feira (18), a desenvolvedora moveu três ações judiciais contra os grupos Elite Boss Tech, Lavicheats e VeteranCheats — conhecidos por criarem e venderem trapaças para o shooter multiplayer. Os três foram processados por violação de direitos autorais, pois estariam lucrando com a propriedade intelectual da Bungie.

Em vez de atacar um de cada vez, a produtora de Destiny 2 mirou nos três grupos fornecedores de trapaças ao mesmo tempo. O primeiro processado foi o Elite Boss Tech — criador do site Wallhax e do cheat de mesmo nome. Esse hack combina aimbot, que garante tiros certeiros na cabeça dos inimigos, e wallhack, cuja função é mostrar a localização de outras pessoas, incluindo jogadores escondidos atrás de paredes.

A Bungie ainda alega que o Elite Boss Tech usa materiais da desenvolvedora protegidos por direitos autorais para criar anúncios e divulgar a venda de cheats. A produtora também acusa o grupo de abusar da programação de Destiny 2 para burlar as proteções anti-cheat do jogo.

Além de uma indenização em dinheiro — ainda não divulgada —, a Bungie pediu que a Justiça aplicasse uma injunção permanente em todos os membros do Elite Boss Tech e os obrigasse a destruir todos softwares de trapaça.

O segundo alvo da Bungie foi o criador do grupo Lavicheats, Kunsal “Lavi” Bansal, que oferece trapaças e hacks para diversos jogos, como aimbots e wallhacks. Assim como no primeiro processo, a desenvolvedora de Destiny 2 está pedindo pagamento por danos, injunção e destruição dos programas.

Por fim, a empresa está perseguindo os administradores do site VeteranCheats. Eles são acusados de vender cheats como aimbots, trapaças de munição e vida infinitas, e o clássico wallhack. As exigências aqui são as mesmas dos outros dois casos.

Bungie e Ubisoft já processaram outro grupo de hackers

Em julho deste ano, a Bungie e a Ubisoft processaram outro grupo de criadores de cheats para Destiny 2 e Rainbow Six Siege, o Ring-1. Na ocasião, as empresas exigiram o pagamento máximo por violação de direitos autorais: US$ 150 mil (R$ 766 mil) para cada um dos jogos, totalizando US$ 300 mil (R$ 1,5 milhão). O Ring-1 vendia as trapaças por mais de R$ 150 semanais aos usuários.

Com informações: Kotaku.

Leia | Como funciona o Valve Anti-Cheat [VAC System]

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Murilo Tunholi

Murilo Tunholi

Ex-autor

Jornalista, atua como repórter de videogames e tecnologia desde 2018. Tem experiência em analisar jogos e hardware, assim como em cobrir eventos e torneios de esports. Passou pela Editora Globo (TechTudo), Mosaico (Buscapé/Zoom) e no Tecnoblog, foi autor entre 2021 e 2022. É apaixonado por gastronomia, informática, música e Pokémon. Já cursou Química, mas pendurou o jaleco para realizar o sonho de trabalhar com games.