A única divisão da Sony que perdeu dinheiro foi a de smartphones
O dinheiro do mercado de smartphones continua na mão de poucos
O dinheiro do mercado de smartphones continua na mão de poucos
A Sony divulgou seu relatório financeiro nesta terça-feira (31) e parece ir muito bem, obrigado: a empresa fechou o segundo trimestre fiscal (encerrado em setembro) com US$ 18,25 bilhões de receita e US$ 1,15 bilhão de lucro líquido, o melhor resultado em anos. Todas as divisões estão dando dinheiro para a companhia… menos a de smartphones.
A divisão de smartphones da Sony chegou a ter lucro no ano passado, mas o resultado havia sido influenciado especialmente por uma variação cambial do iene. Além disso, a receita da japonesa diminuiu, já que a empresa passou a focar em produtos com valor mais alto, que são lucrativos, mas vendem menos.
No segundo trimestre fiscal, tudo aconteceu como manda o roteiro: a divisão de PlayStation foi a que realmente sustentou a empresa, com 4,2 milhões de consoles vendidos; os sensores de câmeras, que estão presentes em flagships de outras marcas, renderam US$ 436,6 milhões; e o negócio de entretenimento decolou, graças à parceria com a Marvel. Enquanto isso, a divisão de celulares perdeu US$ 22,1 milhões.
Não é um prejuízo tão grande quanto o da LG Mobile, que registrou perda de US$ 331 milhões, mas temos que considerar que a Sony Mobile é uma empresa bem menor — os números exatos para o trimestre mais recente não foram divulgados, mas a coreana vendeu 13,7 milhões no último trimestre, enquanto a Sony vendeu 14,6 milhões no ano passado inteiro.
Ainda assim, é mais uma notícia que demonstra como o dinheiro da indústria de smartphones fica concentrado na mão de poucas empresas — mais especificamente, na Apple e na Samsung.
No ano passado, a Apple chegou a ter mais de 100% do lucro (!) do mercado de smartphones — isso é possível porque os prejuízos das outras empresas são considerados na soma. O relatório mais recente indicava que a divisão de lucros ficava em 79,2% para a Apple, 14,6% para a Samsung e as migalhas para as gigantes chinesas Huawei, Oppo e Vivo.
Não está fácil para (quase) ninguém.