Edward Snowden arrecada US$ 5,5 milhões com arte digital NFT
Ex-analista da NSA, Edward Snowden levantou US$ 5,5 milhões com leilão de NFT; valor irá ONG Freedom of the Press Foundation
Ex-analista da NSA, Edward Snowden levantou US$ 5,5 milhões com leilão de NFT; valor irá ONG Freedom of the Press Foundation
Edward Snowden, o famoso ex-analista da Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos (NSA) responsável por divulgar informações confidenciais do sistema de vigilância americano, vendeu um NFT (token não fungível) por cerca de US$ 5,5 milhões na última sexta-feira (16). Nomeado de “Stay Free” (“Fique Livre”, em tradução livre), a obra de arte digital foi a leilão no marketplace Foundation e o valor arrecadado irá para a ONG Freedom of the Press Foundation.
O NFT de Snowden é uma representação de seu rosto criado com páginas do processo judicial que determinou que o programa de vigilância exposto pelo ex-analista da NSA era uma violação da lei. O token não fungível foi a leilão na quinta-feira (15) e recebeu mais de 30 lances. Com o valore inicial de 2 ether (ETH), a peça foi vendida no dia seguinte por 2.224 ETH, cerca de US$ 5,5 milhões, de acordo com a cotação de sexta-feira.
O valor arrecadado será direcionado para a Freedom of the Press Foundation, dedicada a garantir a liberdade de imprensa no mundo e na qual Snowden é presidente. No Twitter, ele afirmou que o objetivo é providenciar suporte para jornalistas e denunciantes de atos ilícitos. Segundo ele, o leilão do NFT gerou mais recursos do que a receita anual da ONG.
“As novas aplicações da criptografia podem desempenhar um papel importante no apoio aos nossos direitos”, disse Snowden em um comunicado. “Este leilão irá impulsionar o desenvolvimento de valiosos usos dessa tecnologia para proteger a privacidade, resguardar a liberdade de imprensa e servir ao público.”
Snowden, que atualmente vive exilado em Moscou, vazou informações ultrassecretas da Agência de Segurança Nacional e as deu ao jornalista Glenn Greenwald e à documentarista Laura Poitras em 2013. Os artigos baseados nas informações vazadas, publicados no The Guardian e no The Washington Post, ganharam o Prêmio Pulitzer de Seviços Público.
Já em 2020, sete anos depois que Snowden passou seus documentos para Greenwald e Poitras, a justiça americana decidiu que a vigilância em massa de registros telefônicos dos americanos era ilegal.
Com informações: Engadget