Ator de Monty Python vende desenho feito em iPad como NFT
Em sátira, comediante John Cleese, de Monty Python, coloca a leilão como NFT desenho feito em iPad e pede US$ 69,3 milhões
Em sátira, comediante John Cleese, de Monty Python, coloca a leilão como NFT desenho feito em iPad e pede US$ 69,3 milhões
O ator John Cleese, famoso por sua participação no grupo de comediantes britânicos Monty Python, levou suas sátiras humorísticas aos tokens não fungíveis, ou NFTs. Ele colocou a leilão uma “obra de arte” única de sua autoria: um desenho feito em um iPad da Brooklyn Bridge, de Nova Iorque. Os lances pelo ativo digital já chegaram aos US$ 35 mil, mas Cleese quer US$ 69,3 milhões pela peça.
É claro que todo o projeto é uma enorme sátira ao boom dos NFTs que acontece em 2021. Cleese afirmou ao Vanity Fair que “o mundo ficou completamente louco”, quando questionado sobre a sua entrada no mercado dos tokens não fungíveis.
Sob o pseudônimo de “Unnamed Artist”, ou “Artista não Nomeado”, o comediante registrou um desenho extremamente simples, feito em um iPad, e o colocou a leilão no marketplace Open Sea na última sexta-feira (19). O NFT receberá lances por um período de 10 dias.
John Cleese espelhou todo o seu leilão na venda do NFT mais caro da história, a obra de arte digital “Everydays – The First 5000 Days”, do artista Beeple. A peça foi vendida no dia 11 de março por US$ 69.346.250, mas seu lance inicial começou em US$ 100.
Hello! It is time you meet my alter ego "Unnamed Artist" I'm delighted to offer you the opportunity of a lifetime. I'm selling my 1st NFT. Though bidding starts at 100.00, you can “BUY IT NOW” for 69,346,250.50! https://t.co/Vuyx4trvPE pic.twitter.com/aC4oSVfGHF
— John Cleese (@JohnCleese) March 19, 2021
Criando detalhadamente sua sátira, Cleese colocou seu desenho de iPad também pelo mesmo lance inicial. Além disso, em publicação no Twitter o comediante pede US$ 69.346.250,50 por sua “obra de arte”, exatamente 50 cents mais caro do que a venda histórica de Beeple.
Irônicamente, sua piada já está valendo US$ 35 mil, com o maior lance sendo de 20 ethers (ETH), o que de certa forma prova seu ponto sobre os NFTs. “Eu não faço ideia do que está acontecendo”, disse Cleese ao Vanity Fair.
A principal crítica aos tokens não fungíveis é que absolutamente qualquer coisa pode se tornar extremamente cara, valorizada por sua exclusividade e autenticidade garantida pela tecnologia blockchain.
A sátira de John Cleese aborda justamente esse ponto: um desenho intencionalmente básico feito em um iPad vale US$ 35 mil. Ou seja, bastou o comediante registrar seu arquivo como um ativo digital NFT e o colocar a leilão que a “teoria do mais tolo” é aplicada.
Famosa entre investidores, essa crença explica como algo não se valoriza diante da sua funcionalidade ou valor real, mas sim pelo simples fato de que alguém no mundo estar disposto a pagar caro por isso.
Com informações: Vanity Fair
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