Em patente da Microsoft, Xbox Series S pode aceitar jogos em mídia física

Microsoft registra patente de sistema que permite ao Xbox Series S rodar jogos físicos de Xbox One, mesmo sem ter leitor de discos

Murilo Tunholi

O Xbox Series S pode ganhar a habilidade de rodar jogos em mídia física, no futuro, mesmo sem ter entrada para discos. Segundo uma nova patente registrada pela Microsoft, donos do console terão a opção de autenticar games em outros dispositivos, como o Xbox One, para baixar as versões digitais no videogame da nova geração pela Microsoft Store.

Xbox Series S
Xbox Series S (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Essa novidade deve beneficiar especialmente pessoas que têm diversos games físicos antigos comprados e desejam jogá-los novamente por retrocompatibilidade. Entretanto, o sistema patenteado pela Microsoft ainda exige que o indivíduo tenha um Xbox One em casa para colocar os discos, além do Xbox Series S — que será usado para rodar os títulos.

Ainda não há muitos detalhes sobre o funcionamento do sistema. Analisando o diagrama da patente, é possível notar que o Xbox One recebe o jogo físico e envia a licença autenticada para o Xbox Series S por meio do celular ou do computador. Todo o processo deve acontecer por meio das redes online da Microsoft.

Patente da Microsoft permite que Xbox Series S rode jogos físicos (Imagem: Reprodução)
Patente da Microsoft permite que Xbox Series S rode jogos físicos (Imagem: Reprodução)

O sistema deve funcionar apenas com jogos físicos de gerações passadas, como games para Xbox One, Xbox 360 e Xbox original. Já os discos de títulos exclusivos da nova geração, como o futuro Starfield, só devem funcionar no Xbox Series X. Quem quiser jogar no Xbox Series S terá que comprar a versão digital.

Por enquanto, não há previsão para a implementação da patente nos consoles Xbox. Até isso acontecer, os donos de Xbox Series S continuam impedidos de rodar jogos físicos antigos. As únicas opções disponíveis são: comprar novamente os games na versão digital ou dar a sorte de encontrá-los no catálogo do Xbox Game Pass ou do Xbox Cloud Gaming.

Limitações do Xbox Series S irritam desenvolvedores

Lançado em novembro de 2020, o Xbox Series S é uma porta de entrada mais acessível para a nova geração de consoles. Por custar praticamente a metade do preço cobrado pelo Xbox Series X e ainda rodar os games mais recentes com bom desempenho, o videogame tem feito sucesso no mercado brasileiro. Porém, o custo menor é acompanhado de algumas limitações.

Apesar de ser totalmente digital, o Xbox Series S tem menos armazenamento interno do que o Xbox Series X — 512 GB em vez de 1 TB. Isso significa que há menos espaço disponível para guardar os jogos baixados pela Microsoft Store.

Além disso, o console de entrada tem desempenho inferior em relação ao irmão mais caro. Enquanto o Xbox Series X exibe gráficos em resoluções de até 4K com altas taxas de quadros por segundo, o Xbox Series S é limitado a resoluções de até 1440p. Na prática, isso é ainda mais grave, pois há jogos que ficam abaixo dos 1080p, principalmente os títulos mais pesados.

O hardware limitado do Xbox Series S, inclusive, irrita alguns desenvolvedores, segundo o Digital Foundry. No programa de número 60 do DF Direct Weekly, o apresentador Alexander Battaglia (@Dachsjaeger) afirmou ter ouvido diversas reclamações sobre o assunto.

“Não quero desapontar a audiência que acompanha o Digital Foundry e tem um Xbox Series S, mas ouvimos diversos desenvolvedores que acham o Xbox Series S difícil de trabalhar, às vezes. Não é pelo poder do processador ou do chip gráfico, mas por causa das limitações de memória”, comentou o apresentador no vídeo.

Com informações: Windows Club, GameRant.

Leia | Como fazer upgrade de jogos do Xbox One para o Series X e S

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Murilo Tunholi

Murilo Tunholi

Ex-autor

Jornalista, atua como repórter de videogames e tecnologia desde 2018. Tem experiência em analisar jogos e hardware, assim como em cobrir eventos e torneios de esports. Passou pela Editora Globo (TechTudo), Mosaico (Buscapé/Zoom) e no Tecnoblog, foi autor entre 2021 e 2022. É apaixonado por gastronomia, informática, música e Pokémon. Já cursou Química, mas pendurou o jaleco para realizar o sonho de trabalhar com games.