Facebook é criticado na Austrália por bloquear notícias durante pandemia
Para governo da Austrália, Facebook colocou população em risco ao esconder informações confiáveis sobre a pandemia
Para governo da Austrália, Facebook colocou população em risco ao esconder informações confiáveis sobre a pandemia
A decisão do Facebook de bloquear links de notícias para usuários na Austrália não foi bem recebida no país. A empresa agiu em resposta ao projeto de lei que pode forçar plataformas a pagarem para exibir conteúdos de veículos de comunicação. Na avaliação do governo, a rede social colocou a população em risco ao privá-la de informações sobre a pandemia.
As críticas foram feitas pelo secretário do Tesouro da Austrália, Josh Frydenberg. Ao canal Nine News, ele afirmou que Mark Zuckerberg colocou a segurança pública da Austrália em perigo. “No meio de uma pandemia, as pessoas não conseguiam obter informações sobre as vacinas”, afirmou Frydenberg.
O secretário classificou a ação como “desnecessária” e garantiu que a Austrália continuará trabalhando no projeto de lei. “Queremos que esses gigantes digitais paguem por conteúdo original. É isso que o Google está fazendo e agradecemos os negócios que eles fecharam. Com relação ao Facebook, vou ouvi-los e ver o que dizem”.
O primeiro-ministro da Austrália, Scott Morrison, também se opôs à decisão da empresa de Zuckerberg. “Esta é a Austrália. Você quer fazer negócios aqui? Você trabalha de acordo com nossas regras”, afirmou a jornalistas. Ele alegou que o projeto de lei é razoável e não será descartado.
Morrison indicou que o governo está aberto para ouvir as questões técnicas do Facebook assim como fez com o Google, mas considerou a decisão de bloquear links das páginas como uma ameaça. “Eu sei como os australianos reagem a isso e acho que não foi uma boa jogada da parte deles”.
Em resposta ao projeto de lei discutido na Austrália, o Facebook bloqueou várias páginas para usuários no país. Além dos veículos de notícias, a decisão interferiu nas publicações de agências regionais de saúde e até mesmo do próprio Facebook. As páginas ficaram sem nenhum post visível por algumas horas.
A rede social informou na quarta-feira (17) que, em vez de chegar a acordos com veículos de mídia como fez o Google, esconderia links de notícias. A empresa afirmou que o projeto de lei “interpreta mal a relação entre a plataforma e os editores que a usam para compartilhar conteúdo de notícias”.
Depois de remover páginas que não seriam afetadas pelo projeto, o Facebook afirmou que o bloqueio não deveria afetar páginas de órgãos de governo e de sites que não trabalham com notícias. A empresa explicou que seguiu uma “definição ampla a fim de respeitar a lei conforme redigida”, mas prometeu reverter páginas bloqueadas por engano.
Com informações: Gizmodo.
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