Talvez você conheça a Jawbone por suas caixas de som Bluetooth, ou talvez pelas pulseiras que acompanham a atividade física do usuário. Ela passou anos tentando sobreviver à concorrência desses dois mercados, mas vai fechar.
Segundo The Information e TechCrunch, a Jawbone está liquidando seus ativos e se desfazendo dos funcionários. Alguns deles migraram para outra empresa fundada pelo CEO Hosain Rahman, que se chama Jawbone Health.
Apesar do nome semelhante, trata-se de uma empreitada diferente. Em vez de se concentrar em consumidores, a Jawbone Health venderá produtos focados em saúde para médicos e clínicas acompanharem seus pacientes.
Ela não fará mais produtos de áudio nem pulseiras fitness, mas continuará responsável pelo atendimento ao cliente de produtos da Jawbone.
A empresa começou em 1998 como Aliph, focada em fones Bluetooth para celular. Em 2010, ela lançou um de seus produtos mais icônicos: a Jambox, um alto-falante Bluetooth compacto e sem fio. Ele se destacava pelo design, e foi um sucesso de vendas.
Em 2011, a empresa lançou sua primeira pulseira fitness, e aí começaram os tropeços. A Jawbone Up sofria com problemas de carregamento, sincronização, e às vezes simplesmente parava de funcionar. Todos os clientes receberam reembolso, mesmo os que não devolveram o produto.
A Jawbone atualizou a Up nos anos seguintes, mas tinha apenas 2,8% do mercado de wearables em 2015. No mesmo ano, ela processou a Fitbit, acusando a concorrente de recrutar seus funcionários, obter informações confidenciais, e infringir suas patentes.
De acordo com o Financial Times, a Fitbit fez uma proposta para a Jawbone em 2016: adquirir seus bens para resolver a disputa judicial. O negócio não foi realizado porque aparentemente o valor oferecido era muito baixo.
Agora, a morte lenta da Jawbone está chegando ao fim, ainda que parte da empresa continue sob outro nome. Vale notar que a Jawbone Health levará adiante a disputa judicial contra a Fitbit.