Microsoft demitirá 3 mil funcionários no mundo todo
A Microsoft confirmou, nesta quarta-feira (6), os rumores que surgiram nos últimos dias a respeito de um plano de demissão em massa. A decisão faz parte de uma série de reestruturações internas que vêm sendo promovidas desde que Satya Nadella assumiu as rédeas da companhia. Cerca de 3 mil postos de trabalho deverão ser eliminados.
Embora o número de demissões seja significativo, a Microsoft não visa unicamente reduzir custos com a medida. A companhia explica que a decisão é efeito de uma mudança na forma como as vendas serão realizadas: a partir de agora, haverá mais foco na comercialização de serviços nas nuvens, com destaque para o ecossistema do Azure.
Mudar de rumos faz sentido. A receita com licenciamento do Windows caiu por conta da diminuição do mercado de PCs. Em contrapartida, a Microsoft tem obtido cada vez mais receita com as assinaturas do Office 365 e a oferta de serviços corporativos, categoria que engloba o Azure — a receita com a plataforma aumentou 93% no último trimestre em relação ao mesmo período do ano passado.
O plano de reestruturação fará a Microsoft atuar com mais intensidade em duas frentes: clientes corporativos de grande porte e, no outro extremo, pequenas e médias empresas. O problema é que as equipes de venda não precisam de tanta gente para atuar nesses segmentos. A consequência a gente vê agora: demissões.
As possíveis 3 mil vagas a serem cortadas — a Microsoft ainda não confirmou o total — afetarão principalmente os times comerciais, portanto. A quantidade de desligamentos será maior em equipes que atuam fora dos Estados Unidos. O total deverá corresponder a 10% do time global de vendas, aproximadamente.
A Microsoft ressalta, no entanto, que o seu número de funcionários continua sendo bastante expressivo: atualmente, a companhia emprega 121 mil pessoas, com 71 mil delas atuando nos Estados Unidos.
Com informações: CNBC