Gmail não quer marcar como spam mensagens de campanhas políticas nos EUA
Para evitar acusações de partidarismo, Gmail vai mandar para caixa de entrada todas as mensagens de candidatos registrados
Para evitar acusações de partidarismo, Gmail vai mandar para caixa de entrada todas as mensagens de candidatos registrados
Uma das principais vantagens do Gmail é seu filtro de spam, que detecta automaticamente mensagens desejadas e as deixa bem longe da sua caixa de entrada. Nos EUA, porém, ele terá uma exceção: propaganda eleitoral. O Google pediu, e a Comissão Eleitoral Federal (FEC) do país autorizou a empresa a não barrar mensagens políticas.
Pode parecer estranho tomar uma decisão que desagrade os usuários, mas o Google tem seus motivos. Ele e outras empresas de tecnologia são constantemente acusados de parcialidade ou partidarismo quando o assunto é tratar conteúdo político. Para evitar problemas, é melhor deixar que todos os e-mails desse tipo passem indiscriminadamente.
A empresa validará com a FEC se um e-mail é de um candidato registrado e, então, permitirá que ele chegue à caixa de entrada.
O usuário, por outro lado, não será obrigado a sempre receber essas mensagens. Em testes que serão feitos até janeiro, o Gmail colocará uma “notificação proeminente” com um botão para quem quiser deixar de receber aqueles e-mails.
Ao que tudo indica, será preciso rejeitar as mensagens de cada remetente, o que pode dar algum trabalho.
A FEC divulgou, na semana passada, um rascunho favorável ao projeto e aprovou a medida na quinta-feira (11). Quatro dos seis comissários da agência consideraram que a empresa tem cobertura legal para seguir com os planos.
O Google disse que vai continuar o programa piloto e monitorar o feedback dos usuários.
“Nosso objetivo é avaliar formas alternativas de resolver preocupações de remetentes de mensagens em massa, ao mesmo tempo que damos aos usuários controle sobre suas caixas de entrada para minimizar e-mails indesejados”, afirmou a empresa em um posicionamento.
Com informações: 9to5Google, Android Police, The Washington Post.
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