Google Chrome 70 enfim permite desativar login automático no navegador
Chrome faz login automático na conta do Google quando usuário acessa serviços como Gmail ou YouTube
Chrome faz login automático na conta do Google quando usuário acessa serviços como Gmail ou YouTube
O Google Chrome chegou à versão 70 no Windows, Mac e Linux. Ela permite desativar o login automático por padrão; remove suporte a certificados HTTPS antigos; melhora a privacidade ao usar extensões; e traz um codec para assistir a vídeos do YouTube consumindo menos dados. Confira abaixo as novidades.
O Chrome faz login automático na conta do Google quando o usuário acessa outro serviço da empresa, como o Gmail ou o YouTube. Sua imagem de perfil aparece no canto superior direito. A ideia era deixar claro que o usuário está logado, “para evitar surpresas em um cenário com dispositivos compartilhados”, explica a gerente de engenharia da equipe de segurança Adrienne Porter Felt.
No entanto, alguns usuários não gostaram disso: eles acham que o Google força o login para sincronizar o histórico de navegação. Não é o caso, pois você precisa clicar no botão “Sincronizar como [seu nome]” para isso acontecer.
Ainda assim, o Google prometeu fazer algumas mudanças no Chrome 70. São elas:
Vale lembrar, no entanto, que o Chrome continuará deixando você logado após usar um serviço do Google. O recurso é opt-out, não opt-in.
Há também algumas melhorias em segurança. O Chrome deixa de carregar sites com HTTPS que usam certificados antigos da Symantec; eles tiveram mais de um ano para se preparar. O navegador exibirá a mensagem “Sua conexão não é particular”, em vez de carregá-los.
O pesquisador de segurança Scott Helme analisou um milhão de sites mais acessados da internet, e encontrou cerca de mil domínios que ainda usam certificados velhos da Symantec. No Brasil, são eles:
assineglobo.com.br
bagaggio.com.br
exchangecorp.com.br
schulz.com.br
grupogreencard.com.br
psicopedagogia.com.br
Além disso, o Chrome 70 vai exibir um aviso vermelho “Não seguro” quando o usuário inserir dados em um site HTTP (sem criptografia HTTPS):
As extensões ganharam uma boa novidade: é possível limitar o acesso delas dependendo do site, melhorando a privacidade. Clique com o botão direito para ver o item “pode ler e alterar os dados do site”, e escolha entre as seguintes opções: “quando você clicar na extensão”, “em [domínio atual]”, “em todos os sites”.
E, no macOS, o Chrome permite que sites acessem o Touch ID no MacBook Pro (e em futuros computadores da Apple). Dessa forma, o leitor de digitais pode ser usado para fazer login. Isso faz parte da Web Authentication API, também conhecida como WebAuthn.
O Chrome 70 também ganhou um decodificador AV1. Trata-se de um codec livre de royalties desenvolvido pela Alliance for Open Media, que promete ser o sucessor do VP9 — ele tem eficiência de compactação 30% maior.
O YouTube planeja adotar o AV1 no futuro. Por enquanto, você pode usar o codec indo até o TestTube e escolher a opção “Dar preferência a AV1 para SD” (para vídeos de até 480p) ou “Sempre dar preferência a AV1”. Então, você pode experimentá-lo com esta playlist do próprio YouTube.
Por fim, o navegador recebeu suporte a Progressive Web Apps (PWAs) no Windows. São sites que se comportam como apps, guardando dados offline, emitindo notificações, e usando janelas sem barra de endereços. Isso chegará ao macOS e Linux no Chrome 72.
Com informações: VentureBeat, 9to5Google.