Google Play Store obriga apps a revelarem chances de ganhar em loot boxes

As loot boxes afetadas são as que podem ser compradas, não as que são entregues de graça

André Fogaça
• Atualizado há 2 anos e 11 meses
Google Play Store (Imagem: André Fogaça/Tecnoblog)

O Google alterou algumas regras da Play Store, com o objetivo de filtrar de forma mais efetiva os aplicativos que estão disponíveis por lá. Uma das maiores mudanças está nos jogos que contam com loot boxes, já que os desenvolvedores serão obrigados a alertar claramente a chance de receber itens por meio desta entrega.

Loot box é um esquema que entrega ao jogador, em certos momentos, uma caixa com itens que poderiam ser comprados com dinheiro vivo. A ideia é de uma caixa randômica e que pode ou não dar o item desejado – mais ou menos como pacotes de figurinhas de álbuns. Estas caixas podem ser entregues de graça, ou o jogador pode pagar para receber mais loot boxes e aqui é que está o problema.

Alguns países consideram que pagar por uma caixa que pode ter qualquer coisa do lado de dentro é uma espécie de jogo de azar. Na Bélgica algumas empresas que oferecem este tipo de compra foram obrigadas a encerrar a prática ou remover o jogo do mercado. Nos Estados Unidos existe a possibilidade de que este tipo de venda seja proibida para menores de idade e na China os desenvolvedores são obrigados a discriminar as chances de receber itens valiosos.

O Google está seguindo a ideia da China e a partir do dia primeiro de setembro, todos os apps da Play Store precisam deixar bem claro quais são as chances de receber itens desejados nestas loot boxes que são compradas com dinheiro de verdade.

Outras alterações na loja também foram incluídas nesta mudança, como maior proibição para aplicativos que exibem conteúdo sobre nudez, fetiche ou algo sexual. Apps com discurso de ódio também estão nesta nova lista.

Com informações: Android Police.

Leia | O que é loot box? [vício, polêmicas e proibição]

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Ex-autor

André Fogaça é jornalista e escreve sobre tecnologia há mais de uma década. Cobriu grandes eventos nacionais e internacionais neste período, como CES, Computex, MWC e WWDC. Foi autor no Tecnoblog entre 2018 e 2021, e editor do Meio Bit, além de colecionar passagens por outros veículos especializados.