Huawei pode substituir Google Play Store e Android por HongMeng OS
Huawei prepara alternativas ao Android e ao Windows; HongMeng OS pode ser baseado no Linux e ter AppGallery como loja de apps
Huawei prepara alternativas ao Android e ao Windows; HongMeng OS pode ser baseado no Linux e ter AppGallery como loja de apps
Não é segredo que a Huawei está preparando alternativas ao Android e ao Windows, e os detalhes sobre esses sistemas operacionais estão vindo à tona: relatos na imprensa chinesa mencionam um HongMeng OS baseado no Linux voltado para celulares. A empresa também vem trabalhando para expandir a AppGallery, alternativa à Google Play Store.
Tim Watkins, vice-presidente da Huawei para a Europa Ocidental, diz ao Financial Times que a empresa está trabalhando em seu próprio sistema operacional, que já foi testado em algumas partes da China e que “pode entrar em ação muito rapidamente”.
O Hong Kong Economic Times menciona “reportagens da mídia nacional” dizendo que a Huawei começou a planejar seu próprio sistema operacional HongMeng OS em 2012 como um substituto para o Android. Ele deve ser baseado no Linux e manter a interface EMUI usada pela fabricante.
Em mandarim, “hongmeng” significa “mundo primordial” ou “caos primitivo”. Trata-se de um personagem da literatura taoísta que representa como estava o universo antes da criação do mundo, segundo a mitologia chinesa.
Huawei's own-developed smart phone Operating System, reportedly named "HongMeng OS", is being trialled out and will gradually replace the Android system, according to three Chinese media reports. pic.twitter.com/GacM5xQMYJ
— Global Times (@globaltimesnews) May 20, 2019
Um sistema operacional móvel não é nada sem uma loja de apps. Aí entra a AppGallery, incluída em celulares da Huawei fora da China desde o ano passado. Ela traz aplicativos como Moovit, Booking, Todoist e jogos como Clash of Kings.
De acordo com a Bloomberg, a Huawei entrou em contato com desenvolvedores a fim de atrair mais aplicativos para a AppGallery: em troca, a empresa daria apoio de marketing e “exposição na loja de apps para a China”. Seria necessário apenas usar uma ferramenta simples que adapta a versão publicada na Play Store.
A Huawei também tentou fazer acordos com operadoras móveis europeias, prometendo dividir parte da receita com a venda de apps se elas embutissem a AppGallery em seus celulares.
Essa estratégia é centrada na Europa, onde a fabricante detém mais de 20% do mercado de smartphones em 22 países. Ela estimava que, até o final de 2018, 50 milhões de pessoas no continente estariam usando sua loja de aplicativos.
No entanto, com o bloqueio dos EUA, as ambições internacionais da Huawei serão difíceis de manter. Ela não poderá incluir aplicativos de nenhuma empresa americana em sua AppGallery, o que inclui Facebook, WhatsApp, Instagram, Netflix e toda a suíte do Google e da Microsoft.