Governo de SP testa pedágio com cobrança automática por km rodado

Ainda em fase de testes, projeto do Governo de SP e Ecopistas leva sistema de pedágio free flow à Rodovia Ayrton Senna (SP-070)

Bruno Gall De Blasi
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Governo de São Paulo e Ecovias testam sistema de pedágio free flow (Imagem: Unsplash / Red John)
Governo de São Paulo e Ecovias testam sistema de pedágio free flow (Imagem: Unsplash / Red John)

Já pensou em pagar apenas pelo trecho percorrido em uma rodovia? Isto pode se tornar realidade no Brasil em breve: a Ecopistas e o Governo do Estado de São Paulo anunciaram projeto-piloto de um pedágio free flow na Rodovia Ayrton Senna. Com a solução, a cobrança é realizada automaticamente por quilômetro rodado. 

A tecnologia está sendo experimentada na Rodovia Ayrton Senna (SP-070). Segundo um comunicado à imprensa, a primeira fase vai realizar testes de performance do equipamento para fazer a identificação do tamanho, categorias e quantidades de eixos dos veículos que transitam pelo trecho. Por ora, a cobrança aos motoristas segue sendo realizada na praça de pedágio.

Mas como essa tecnologia funciona? Vem comigo que te explico nas linhas a seguir!

Afinal, como o sistema de free flow funciona?

Toda a solução é baseada em um equipamento instalado no pórtico da rodovia. Trata-se de um sistema que reúne câmeras especiais, sensores e antenas para identificar os automóveis que vão transitar pela estrada. Os responsáveis pelo projeto afirmam que esse conjunto permitirá a operação mesmo em condições adversas de visibilidade.

A identificação é realizada através das câmeras. Ao passar pelo pórtico, os sensores fotográficos vão utilizar a tecnologia de reconhecimento de imagem (OCR) para fazer a leitura das placas dos carros, motos e afins. Em seguida, um scanner a laser será responsável por dimensionar e verificar a categoria dos veículos em tempo real.

O processo fica completo com o reconhecimento das tags através das antenas. Em seguida, todos os dados, incluindo as imagens capturadas pelas câmeras da rodovia, são reunidos e processados em um sistema central. A tarifa será calculada após toda essa avaliação “de acordo com a distância percorrida” pelo usuário na via.

Rodovia Ayrton Senna (SP-070) é palco para projeto-piloto de sistema de pedágio free flow (Imagem: João Paulo Chagas/Wikimedia Commons)
Rodovia Ayrton Senna (SP-070) é palco para projeto-piloto de sistema de pedágio free flow (Imagem: João Paulo Chagas/Wikimedia Commons)

Cobrança segue sendo realizada na praça de pedágio

Por ora, os dados estão sendo analisados por técnicos da Agência de Transporte do Estado de São Paulo (ARTESP) no km 31,5 da SP-070 (Ayrton Senna) em um estudo. Mas a ideia é utilizar estas informações para as próximas etapas de expansão da tecnologia em São Paulo. A cobrança, cabe ressaltar mais uma vez, continua sendo realizada na praça do pedágio mesmo durante o projeto-piloto.

As expectativas para a tecnologia são grandes. A ideia é que o projeto do Governo de São Paulo e da concessionária Ecopistas ofereçam mais fluidez no trânsito e mais segurança viária aos usuários das rodovias com o free flow. O sistema também oferece aos motoristas a tarifa proporcional ao trajeto percorrido.

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Bruno Gall De Blasi

Bruno Gall De Blasi

Ex-autor

Bruno Gall De Blasi é jornalista e cobre tecnologia desde 2016. Sua paixão pelo assunto começou ainda na infância, quando descobriu "acidentalmente" que "FORMAT C:" apagava tudo. Antes de seguir carreira em comunicação, fez Ensino Médio Técnico em Mecatrônica com o sonho de virar engenheiro. Escreveu para o TechTudo e iHelpBR. No Tecnoblog, atuou como autor entre 2020 e 2023.

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