Huawei não deve mais lançar smartphones no Brasil em parceria com a Positivo
Acordo com a fabricante brasileira já acabou; Huawei deve procurar distribuidores para fazer venda direta
Acordo com a fabricante brasileira já acabou; Huawei deve procurar distribuidores para fazer venda direta
O retorno da Huawei ao mercado brasileiro de smartphones não deverá acontecer como planejado anteriormente. De acordo com o Valor, o acordo com a Positivo Tecnologia para importar e distribuir os aparelhos da marca chinesa foi cancelado, e a Huawei está em busca de profissionais para fazer uma operação de venda direta no Brasil.
A promessa era que o Huawei P20 Pro, smartphone com câmera tripla que bateu concorrentes como Galaxy S9 e iPhone X em fotografia, além de um modelo intermediário da linha Nova, seriam lançados no Brasil entre agosto e setembro. O Tecnoblog apurou com fontes do mercado que nem a Huawei e nem a Positivo chegaram a importar aparelhos em quantidade suficiente para iniciar as vendas no país.
Segundo o Valor, a produção dos smartphones da Huawei “ficaria a cargo de uma empresa especializada na fabricação por encomenda, como a Foxconn”. Inicialmente, os aparelhos seriam importados da China em parceria com a Positivo, responsável pela distribuição, vendas, marketing e suporte técnico. A fabricação nacional seria avaliada pela Huawei se a empresa atingisse 1% de participação no primeiro ano, o equivalente a 5 milhões de unidades.
A Positivo não comenta o assunto. Por sua vez, a Huawei declara que tem “estudos de mercado necessários para seguir com o tema localmente”.
A Huawei detém operação de infraestrutura no país, vendendo equipamentos para empresas de telecom, mas sua divisão de celulares já saiu do Brasil mais de uma vez. Na década passada, antes da ascensão dos smartphones, a empresa vendeu aparelhos básicos com 2G e 3G. Em 2013, chegou a fabricar aparelhos nacionalmente, para se beneficiar das isenções fiscais. O último lançamento foi o Ascend P7, cancelado após vendas fracas.
A empresa reconhece que sua ausência no mercado brasileiro de smartphones é um “calcanhar de Aquiles”. Ela tem planos de liderar o mercado global até 2020, mas está tendo dificuldades com essa meta devido à resistência dos EUA, que acusam a fabricante de ajudar o governo da China em ações de espionagem. No dia 1º de dezembro, a diretora financeira Meng Wanzhou, filha do fundador Ren Zhengfei, foi presa no Canadá a pedido dos EUA.