Como funciona o misterioso sistema operacional Fuchsia no Google Pixelbook
O Google tem dois sistemas operacionais — Android e Chrome OS — e está preparando um terceiro. O Fuchsia tem código-fonte aberto, e foi pensado para rodar em smartphones e tablets.
Recentemente, o Google liberou uma forma de instalar o Fuchsia no laptop Pixelbook, lançado há alguns meses com Chrome OS. O Ars Technica decidiu testá-lo para obter mais detalhes sobre o sistema.
Como dissemos por aqui, instalar o Fuchsia não é fácil. Você precisa usar outro computador para montar o sistema e criar uma mídia de instalação. Depois, você insere esse USB bootável no Pixelbook e transfere 1,1 GB de arquivos através da rede local.
Depois desse processo, o Fuchsia leva você até a tela de bloqueio. Há um botão no canto superior esquerdo que alterna entre modos laptop e smartphone. O botão “Login” abre uma página do Google com campos de e-mail, senha e autenticação por dois fatores; no entanto, ela não funciona.
O jeito é usar o botão “Convidado”. Então, você é levado à tela inicial. No centro, há uma barra de status mostrando a hora, data, botão Fuchsia, conectividade Wi-Fi e bateria.
Vários recursos de hardware funcionam, como a tela sensível ao toque, o trackpad, o teclado e as portas USB. Ficou faltando o Wi-Fi, no entanto.
A barra inferior permite fazer buscas no Google e abrir apps. Os apps abertos ficam reunidos na metade superior da tela inicial; você pode fechá-los deslizando para os lados, ou arrastar um em cima do outro para o modo multijanela.
Quando você abre um app, surge uma barra de navegação na parte inferior, com um botão Home e um ícone de bateria. Você pode pressionar o botão para abrir o painel de configurações rápidas, e deslizar para cima para exibir a barra de pesquisa do Google.
Os apps também não funcionam direito ainda. O navegador (não é o Chrome) ainda renderiza mal as páginas; o player de vídeo tenta reproduzir vídeos sem sucesso; e o reprodutor de música falha com uma tela vermelha.
Além disso, o Pixelbook fica sempre quente ao rodar o Fuchsia, mesmo parado na tela inicial. Ele está disponível em configurações com processador Core i5/i7 e até 16 GB de RAM.
Sim, a experiência é bugada, mas vale lembrar que o Fuchsia ainda tem um longo caminho a percorrer. Em vez de usar o Linux, com mais de 25 anos de desenvolvimento, o Google está começando do zero com um kernel chamado Zircon (baseado no LK).
Tem mais: o Fuchsia está em desenvolvimento há apenas dois anos. O Android levou cinco anos (entre 2003 e 2008) para ser lançado, e a toque de caixa, para concorrer com a primeira geração do iPhone.
Vai demorar um pouco até que o Fuchsia esteja pronto para usuários comuns. Até lá, espero que o Google tenha respondido a grande dúvida: para que servirá esse sistema operacional?
Com informações: Ars Technica.