Pode ser um LG G7 refeito do zero, pode ser uma reformulação completa da divisão de mobile, pode ser qualquer coisa. A LG só não pode ficar sem reagir: os últimos resultados financeiros mostram que a companhia continua perdendo muito dinheiro com smartphones. Foram US$ 192,3 milhões de prejuízo só no último trimestre de 2017.
Na comparação com o trimestre anterior, a situação foi “menos pior”: naquela época, o prejuízo foi de US$ 331,3 milhões. Mesmo assim, não há razão para comemorações. Primeiro porque, bom, US$ 192,3 milhões ainda é muito dinheiro. Segundo porque o ano todo foi ruim.
Na verdade, o primeiro trimestre de 2017 teve resultado positivo: graças, em parte, ao LG G6, houve lucro de US$ 3,2 milhões. É um montante pequeno para uma companhia do porte da LG, mas que gerou expectativas para números mais interessantes nos meses seguintes.
Só que, depois disso, a LG rolou ladeira abaixo. Além dos sucessivos prejuízos, a receita da divisão de mobile caiu: as vendas representaram US$ 10,5 bilhões em 2017 contra US$ 11,7 bilhões de 2016.
As demais divisões da LG estão bem, muito bem: no geral, a empresa obteve US$ 2,23 bilhões de lucro no ano passado. Por que a divisão de mobile é o patinho feio da história? A companhia menciona a forte concorrência de marcas chinesas. De fato, companhias como Huawei, Xiaomi, Oppo e Lenovo (esta graças à bagagem da Motorola) estão em alta no mercado.
Mas não é só isso. É visível que há problemas de estratégia. A maior rival, a Samsung, também enfrenta a agressividade chinesa, mas consegue se sobressair, tanto que, em 2017, fez o que parecia impossível: enterrar os estragos causados pelo Galaxy Note 7.
Na semana passada, surgiram rumores de que Jo Seong-jin, CEO da LG, teria mandado o projeto do futuro LG G7 ser totalmente refeito. Fala-se também que o alto escalão da companhia estaria planejando reformular toda a divisão de dispositivos móveis.
Tomara que seja verdade. Capacidade técnica e comercial para criar aparelhos atraentes a companhia tem. O LG V30 é prova disso. É mesmo questão de botar ordem na casa.
Com informações: TechCrunch.