Como o sensor de impressão digital para bloqueio de tela funciona?

Você vai encontrar basicamente dois tipos de tecnologia para o sensor de digital de bloqueio de tela: óptica e ultrassônica

Melissa Cruz Cossetti
• Atualizado há 1 ano e 8 meses

Se você que dar adeus aos bloqueios de tela usando PIN, padrão de desenho ou senha alfanumérica já deve ter dado uma olhada nos vários smartphones Android com desbloqueio de tela por impressão digital. O sensor é uma tendência no mercado e já apareceu em diferentes posições nos aparelhos: na traseira, na lateral e sob a tela.

O desbloqueio por digital é um recurso de biometria, assim como o que faz reconhecimento facial. O primeiro usa um scanner embutido e o segundo a câmera. 

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Sensor de digital

Com a corrida atual entre os fabricantes para fazer smartphones com telas enormes (trabalhando com notch e dewdrop display), esconder o mecanismo de desbloqueio sob a tela é primordial para ganhar espaço no celular (que abrigam cada vez mais câmeras). 

Você vai encontrar nos celulares basicamente dois tipos de tecnologia para o sensor de digital no bloqueio de tela: óptica e ultrassônica. É natural ter dúvidas sobre as duas.

Tipos de leitor de impressão digital

Sensor de Digital Óptico

Este é o mais antigo e também mais comum dos métodos. Você provavelmente vai encontrá-lo em aparelhos mais antigos e intermediários, com preços mais em conta. 

Simplificando, são scanners de impressão digital que funcionam projetando luz na digital. A área de funcionamento do scanner é responsável por iluminar o dedo.

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Só então, um sensor ou uma câmera (embaixo da tela) captura uma imagem da digital e compara com a versão armazenada no smartphone. Se elas se corresponderem, Ok! 

A tecnologia de sensor digital óptico também é facilmente encontrada em caixas eletrônicos e em repartições públicas, quando é necessário capturar digitais para documentos pessoais. São caixinhas cuja única função é emitir luz para o registro.

Sensor de Digital Ultrassônico

O método mais atual e eficiente é o ultrassônico. Em vez de jogar luz sobre a digital, a abordagem ultrassônica é outra. Quando você repousa o dedo sobre o scanner, uma onda ultrassônica é produzida, interage com a pele do dedo e retorna com a imagem.

O sensor envia ondas ultrassônicas para detectar os sulcos e vales de uma impressão digital com maior precisão. Isso cria um mapa 3D mais rico, em comparação com uma cópia plana oferecida pela abordagem óptica. Sendo assim, é capaz de encontrar compatibilidade mesmo se os dedos estiverem molhados, gordurosos ou sujos.

Samsung Galaxy S10+

Alguns deles conseguem ler seu dedo mesmo se o seu aparelho estiver submerso na água (tendo este, claro, alguma resistência). A tecnologia permite instalar sensores biométricos ultrassônicos sob superfícies de metais, vidros e até os painéis OLED.

Embora, em teoria, você possa enganar um sensor óptico com uma imagem de uma impressão digital, um scanner ultrassônico é muito mais difícil de driblar. É preciso um modelo 3D de um dedo e, mesmo isso, pode não funcionar para dar acesso ao celular.

Sob a tela — riscos

Leitores de digitais já foram embutidos em várias posições em um aparelho celular: em botões de “Home”, na lateral do dispositivo, na parte traseira (abaixo das câmeras) e, agora, sob o display. Em teoria, a tecnologia poderia ser aplicada sob toda a tela, o que deixaria a montagem do aparelho mais cara. Por isso, são reduzidos a uma área menor.

Samsung Galaxy S10

O fato de estarem sob a tela, porém, levanta dúvidas sobre a durabilidade do componente: será que é preciso ter ainda mais cuidado para não riscar a tela? Testes de resistência mostraram que arranhões não são suficientes para inutilizar o sensor ultrassônico — mas rachaduras sim. O sensor falhou com riscos mais profundos.

*Com informações: TNWSamsung

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Melissa Cruz Cossetti

Melissa Cruz Cossetti

Ex-editora

Melissa Cruz Cossetti é jornalista formada pela UERJ, professora de marketing digital e especialista em SEO. Em 2016 recebeu o prêmio de Segurança da Informação da ESET, em 2017 foi vencedora do prêmio Comunique-se de Tecnologia. No Tecnoblog, foi editora do TB Responde entre 2018 e 2021, orientando a produção de conteúdo e coordenando a equipe de analistas, autores e colaboradores.