Uma das formas mais comuns de conectar um país à internet é instalar cabos no fundo do mar e ligá-los a outros países. Com eles, é possível manter uma comunicação estável na maior parte do tempo. Mas, quando as falhas acontecem, as proporções podem ser enormes.
Foi o que aconteceu em 30 de março, quando países africanos registraram instabilidade em suas conexões por conta do rompimento de um desses cabos. A Mauritânia teve o maior prejuízo: chegou a ficar quase 48 horas sem qualquer conexão à internet até que o problema fosse parcialmente resolvido.
A queda na conexão aconteceu depois que o cabo submarino ACE (African Coast to Europe) se partiu próximo à cidade de Noukachott, capital da Mauritânia. Com 17 mil quilômetros de extensão, o cabo vai da África do Sul até a França e liga 22 países africanos. A causa do rompimento não foi divulgada.
Segundo dados da Oracle, dez países tiveram impactos mais significativos após o rompimento do cabo. O gráfico abaixo destaca os países que só têm uma conexão com cabos submarinos (Serra Leoa, Mauritânia, Libéria, Guiné-Bissa, Guiné, Gâmbia). Ele mostra como o problema foi maior na Mauritânia, que ficou sem conexão até 31 de março.
A conexão em Serra Leoa também apresentou uma grande instabilidade e foi totalmente cortada em 1º de abril — mas a queda pode ter relação com as eleições locais, que foram disputadas em 31 de março.
As diferentes formas com que cada país conviveu com o rompimento do cabo é explicada por outras conexões por cabos terrestres ou por satélites. O impacto em Benin, Senegal, Costa do Marfim e Guiné Equatorial não foi tão grande pelo fato de os países contarem com outros cabos submarinos, diminuindo a dependência do ACE.
Com informações: Dyn Blog.