Microsoft HoloLens será usado em combates pelo exército dos EUA

Exército dos EUA fechou contrato de US$ 480 milhões para comprar até 100 mil unidades do HoloLens, headset de realidade mista

Felipe Ventura
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• Atualizado há 2 anos e 10 meses

O Microsoft HoloLens é um headset que coloca objetos virtuais no mundo real. O exército dos EUA fechou um contrato de US$ 480 milhões para comprar até 100 mil unidades e usá-las em missões de treinamento e combate. Esses dispositivos de realidade mista terão recursos adicionais para os militares, incluindo visão noturna e mapa de calor.

O exército americano vai usar o HoloLens para “aumentar a letalidade melhorando a capacidade de detectar o inimigo, tomar uma decisão e agir”, segundo a Bloomberg. O dispositivo terá alguns recursos adicionais: visão noturna, mapa de calor, sensores de sinais vitais como respiração e “prontidão”, detector de concussões, e proteção auditiva.

Além disso, o exército exige que o HoloLens pese até 680g e seja compatível com capacetes militares atuais. O campo de visão deve ficar entre 55 e 110 graus; o modelo atual da Microsoft tem FoV de 35 graus.

Ele foi anunciado pela primeira vez há três anos; o kit para desenvolvedores custa US$ 3 mil (US$ 5 mil para empresas). A próxima geração do HoloLens deve ser lançada em 2019 com um campo de visão maior, e um chip de inteligência artificial feito pela própria Microsoft.

Exército dos EUA e Israel usam HoloLens para treinamento

O HoloLens já era usado pelo exército dos EUA e de Israel para treinamento, mas agora ele também estará presente em combates reais. Pelo contrato, serão adquiridos 2.500 headsets nos próximos dois anos; esse número pode chegar futuramente a 100 mil. (A Microsoft vendeu apenas 50 mil unidades até agora.)

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“A tecnologia de realidade aumentada fornecerá às tropas mais e melhores informações para tomar decisões”, diz a Microsoft em comunicado. Outras empresas participaram da licitação, incluindo Magic Leap — principal concorrente do HoloLens para o mercado consumidor — Lockheed Martin, Booz Allen Hamilton e Raytheon.

Enquanto isso, o Google foi pressionado internamente para não colaborar com o Pentágono em um projeto militar chamado Maven: três mil funcionários assinaram uma petição contra o “negócio de guerra”, e alguns se demitiram. A empresa decidiu não renovar o contrato com o Departamento de Defesa dos EUA, que expira em 2019, mas continuará trabalhando com forças militares.

Com informações: Bloomberg, TechCrunch.

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Ex-editor

Felipe Ventura fez graduação em Economia pela FEA-USP, e trabalha com jornalismo desde 2009. No Tecnoblog, atuou entre 2017 e 2023 como editor de notícias, ajudando a cobrir os principais fatos de tecnologia. Sua paixão pela comunicação começou em um estágio na editora Axel Springer na Alemanha. Foi repórter e editor-assistente no Gizmodo Brasil.

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