No início de 2016, a Microsoft realizou testes do Project Natick, que visava instalar data centers no oceano. A ideia, que promete ser mais econômica e sustentável, finalmente se tornou uma realidade. A estrutura foi instalada pela empresa em uma área próxima às Órcades, ilhas localizadas a 16 quilômetros do norte da Escócia.

Para a criação do data center, a Microsoft desenvolveu uma espécie de cilindro do tamanho de um contêiner, capaz de comportar 12 racks que mantêm 864 servidores em funcionamento. Ele se mantém ativo por meio de energias solar, eólica, das ondas e das marés.

Quando está operando em sua capacidade máxima, o data center consome um quarto de megawatt. Além disso, a empresa consegue gastar menos com a refrigeração do espaço, já que o oceano por si tem temperaturas baixas.

O Project Natick foi desenvolvido dentro do Microsoft Research, laboratório da companhia para novas tecnologias. Além da economia e da sustentabilidade, o data center é mais indicado por ser mais silencioso.

A empresa afirma que o objetivo é atender à demanda por infraestrutura de computação em nuvem próximo de grandes cidades. Há uma estimativa de que metade da população mundial vive a até 193 quilômetros da costa.

Em grandes centros, há a dificuldade de encontrar espaço para grandes estruturas, o que acaba levando data centers para locais mais afastados e mais caros. Um data center submerso e próximo da costa pode reduzir os custos e tornar a comunicação mais rápida.

A Microsoft pretende usar o próximo ano para acompanhar o consumo de energia, a umidade, a temperatura e os níveis de som do data center, embora a estrutura tenha sido desenvolvida para durar ao menos cinco anos sem manutenção. A empresa também quer avaliar o impacto do data center no meio ambiente.

Confira o vídeo da Microsoft sobre o Project Natick:

Com informações: MicrosoftEngadget.

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Victor Hugo Silva

Victor Hugo Silva

Ex-autor

Victor Hugo Silva é formado em jornalismo, mas começou sua carreira em tecnologia como desenvolvedor front-end, fazendo programação de sites institucionais. Neste escopo, adquiriu conhecimento em HTML, CSS, PHP e MySQL. Como repórter, tem passagem pelo iG e pelo G1, o portal de notícias da Globo. No Tecnoblog, foi autor, escrevendo sobre eletrônicos, redes sociais e negócios, entre 2018 e 2021.

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