NuTap é a maquininha de cartão do Nubank direto no celular

NuTap é voltado a clientes PJ do Nubank e transforma celular em "maquininha" para cartão de crédito ou débito contactless

Emerson Alecrim
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NuTap (imagem: divulgação/Nubank)

Se o seu celular pode ser usado para fazer pagamentos em uma loja, ele também pode ser usado para receber pagamentos, certo? A resposta do Nubank é um sonoro “sim”. Nesta quinta-feira (19), a companhia anunciou o NuTap, serviço que transforma o smartphone em uma maquininha de cartão.

Uma maquininha de cartão diferente das tradicionais, pois não há teclado físico para digitação de senha. Mesmo assim, a novidade pode ser bastante útil para microempresários, vendedores porta a porta e afins.

O funcionamento é simples. Quando o NuTap estiver em uso, basta informar o valor a ser cobrado e pedir para o cliente aproximar o seu cartão de crédito ou débito contactless do celular. E, sim, carteiras digitais como Apple Pay, Google Pay e Samsung Pay também são compatíveis.

Repare que a novidade é uma ferramenta que faz as vezes de uma maquininha. Porém, o celular não pode fazer uma leitura física do cartão, obviamente. É por isso que o serviço só funciona por aproximação.

Assim que a operação for concluída, é possível enviar um comprovante ao pagador. Pode-se ainda consultar todas as cobranças efetuadas na área “Minhas Vendas” do app, bem como acompanhar o faturamento do mês.

NuTap tem algumas restrições

É claro que, para usar o NuTap, há algumas condições. Para começar, o serviço está disponível apenas para clientes PJ (pessoa jurídica). Além disso, a novidade funciona somente em celulares Android e, claro, exige NFC.

Por enquanto, o NuTap aceita apenas cartões de crédito ou débito das bandeiras Mastercard e Visa. No entanto, o Nubank prometeu expandir o serviço para mais bandeiras em breve.

Há outra restrição importante. Por enquanto, o serviço permite apenas cobranças de valores entre R$ 2 e R$ 199,99. Esse é um indício de que só transações que não exigem digitação de senha são suportadas atualmente. Além disso, parcelamento é permitido, mas cada parcela deve ter valor de pelo menos R$ 5.

E as taxas?

De acordo com o Nubank, o NuTap não tem custo de adesão, mensalidade ou aluguel. Porém, há cobrança de um percentual sobre cada transação efetuada. O valor depende da modalidade:

  • Cartão de crédito à vista: 3,19%;
  • Cartão de crédito em até 12 vezes: até 12,49%;
  • Cartão de débito: 1,49%.

O Nubank afirma que essas porcentagens são até 30% mais baixas do que as cobradas em maquininhas tradicionais. O recebimento ocorre em até um dia útil, na conta PJ do Nubank.

NuTap em ação (imagem: divulgação/Nubank)
NuTap em ação (imagem: divulgação/Nubank)

Mas dá para confiar no NuTap?

É tanto golpe envolvendo cartão de crédito que é natural ligar o desconfiômetro. Mas o Nubank afirma que, antes de ser anunciado, o NuTap passou por vários testes de segurança. “Todos os dados do cartão e das transações realizadas na maquininha são criptografados”, explica a empresa.

Agora, se vale a pena, depende da atividade de cada interessado. Mas, na primeira olhada, achei a ideia muito interessante por não exigir um aparelho dedicado e ter tarifas razoáveis.

Livia Chanes, vice-presidente de produto do Nubank, reforça esses pontos:

Receber pagamentos por cartão é uma das principais necessidades dos nossos clientes PJ, principalmente para operações de crédito, mas as tarifas transacionais são caríssimas para os pequenos empreendedores, para não falar do custo atrelado às maquininhas.

Com o NuTap, usamos a tecnologia tap-to-phone para que o nosso cliente PJ use o seu próprio celular para realizar suas vendas sem comprometer a segurança da transação.

Vale destacar que o serviço foi criado em parceria com a Zoop, fintech especializada em serviços financeiros B2B (para outras organizações).

O NuTap pode ser solicitado a partir de hoje no aplicativo PJ do Nubank.

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Emerson Alecrim

Emerson Alecrim

Repórter

Emerson Alecrim cobre tecnologia desde 2001 e entrou para o Tecnoblog em 2013, se especializando na cobertura de temas como hardware, sistemas operacionais e negócios. Formado em ciência da computação, seguiu carreira em comunicação, sempre mantendo a tecnologia como base. Em 2022, foi reconhecido no Prêmio ESET de Segurança em Informação. Em 2023, foi reconhecido no Prêmio Especialistas, em eletroeletrônicos. Participa do Tecnocast, já passou pelo TechTudo e mantém o site Infowester.

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