O Twitter queria ser rival do OnlyFans 🔞
Uma equipe interna do Twitter, chamada de Red Team, analisou a viabilidade de cobrar por conteúdo adulto - e apontou vários problemas na rede social
O Twitter tinha planos de entrar oficialmente no nicho do entretenimento adulto, tornando-se concorrente direto do OnlyFans – cuja receita prevista em 2022 é de US$ 2,5 bilhões. Este é um valor bem considerável, quase metade do que a rede social faturou em 2021, e ela está de olho em várias formas de ganhar dinheiro. Só que a ideia deu errado antes mesmo de começar.
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Não precisa ir muito longe para entender o interesse do Twitter. A rede social é largamente utilizada pelos criadores de conteúdo adulto para divulgar seu trabalho e direcionar o público interessado para o OnlyFans. A ideia era ter uma parte do dinheiro que vai para essa plataforma.
Segundo o The Verge, foi criada uma equipe interna para analisar a viabilidade do chamado ACM, ou “Adult Content Monetization” (Monetização de conteúdo adulto, em tradução livre).
Tratava-se do Red Team. A equipe apontou que o Twitter não poderia garantir a venda dessas assinaturas, de maneira segura, pela falta de uma fiscalização contra conteúdo sexual nocivo e/ou ilegal.
Além disso, o Red Team concluiu que a plataforma não consegue detectar de maneira precisa exploração infantil e nudez não consensual em escala. Tem mais: faltam mecanismos para verificar se criadores e clientes têm a idade legal para acessar o conteúdo adulto.
Quando as conversas de venda do Twitter para Elon Musk começaram, os trabalhos de implementação foram adiados indefinidamente.
E os executivos do Twitter também levaram a sério os achados do Red Team e decidiram não lançar a monetização, pelo menos até que o serviço consiga ter medidas de segurança melhores.
OnlyFans já tentou se livrar de conteúdo adulto
É curioso lembrar que, em 2021, o OnlyFans cogitou banir conteúdo adulto, alegando que precisava se adaptar às exigências de bancos parceiros. Dias depois, a empresa voltou atrás.
O OnlyFans já inspirou outras empresas além do Twitter: no início deste ano, o Instagram liberou assinaturas pagas para alguns criadores.