Telegram fecha parceria com TSE para combater fake news nas eleições
Tribunal Superior Eleitoral (TSE) revela canal oficial no Telegram para compartilhar informações sobre as Eleições de 2022
Tribunal Superior Eleitoral (TSE) revela canal oficial no Telegram para compartilhar informações sobre as Eleições de 2022
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) fechou uma parceria com o Telegram. Nesta terça-feira (17), o ministro Edson Fachin anunciou um acordo de colaboração mútua para enfrentar as fake news nas Eleições de 2022. A Corte também lançou um canal verificado no mensageiro para compartilhar informações sobre o processo eleitoral.
A aproximação dá fim a um relacionamento conturbado entre a plataforma e as autoridades brasileiras. Tudo começou em 2021, quando o TSE passou a ver o mensageiro como um desafio em combate à desinformação nas eleições. Mais tarde, a corte eleitoral até pensou em banir o app no Brasil devido às notícias falsas.
Com o acordo, as turbulências viraram águas passadas. Em comunicado à imprensa, o ministro Edson Fachin afirmou que a parceria entre as partes foi firmada nesta segunda-feira (16). Segundo o TSE, este é “o primeiro organismo eleitoral do mundo a assinar um acordo dessa natureza” com o aplicativo de mensagens.
“O TSE está na vanguarda mundial do enfrentamento à desinformação, rumo à realização das eleições em outubro”, afirmou o ministro Edson Fachin, presidente da corte eleitoral. “Sigamos adiante, firmes no propósito de defesa da democracia”. A corte também fechou acordos contra fake news com o Instagram e WhatsApp.
O acordo prevê algumas ações para auxiliar no combate à desinformação. É o caso da criação de um canal verificado do tribunal no Telegram voltado para a veiculação de informações sobre as eleições. A plataforma também terá de oferecer suporte técnico para desenvolver uma assistente virtual para tirar dúvidas sobre o pleito.
A colaboração ainda prevê algumas ferramentas para impedir a proliferação de fake news na plataforma. É o caso da “criação de uma nova funcionalidade que marcará conteúdos desinformativos”. Os responsáveis pelo aplicativo de mensagens também terão de disponibilizar um canal para agilizar o contato com a corte.
“A parceria também prevê a disponibilização de um canal extrajudicial ao TSE, para que possam ser realizadas denúncias dentro da plataforma, a serem investigadas pelo próprio Telegram para verificar se os canais denunciados violaram políticas internas”, anunciaram. Os representantes do mensageiro também vão participar de reuniões periódicas da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação da corte.
O memorando também informa as intenções do tribunal. O documento ressalta que o TSE vai filtrar as denúncias feitas pelo canal extrajudicial. A corte também terá de disponibilizar informações e relatórios sobre o desenvolvimento das eleições “para que o Telegram desenvolva suas políticas internas e melhores práticas”.
O acordo está previsto para ser encerrado em 31 de dezembro. “Este memorando poderá ser rescindido unilateralmente a qualquer tempo mediante envio de notificação por escrito ao outro partícipe”, diz o documento. Mas as duas partes poderão se reunir para desenvolver novas ações após o fim da vigência.